Sugestão de pauta- Acadêmicos da Rocinha e Instituto Synthesis vão reciclar material de Carnaval para a geração de trabalho e renda para 130 jovens.
ACADÊMICOS DA ROCINHA E INSTITUTO SYNTHESIS VÃO RECICLAR MATERIAL DE CARNAVAL PARA A GERAÇÃO DE TRABALHO E RENDA PARA 130 JOVENS.
A escola de samba Acadêmicos da Rocinha e o Instituto Synthesis firmaram parceria para que o material utilizado no barracão e na confecção de fantasias e alegorias do Carnaval 2012 tenham destinação social após o desfile. O projeto “Reciclando na Folia” Sustentabilidade e Geração de renda no Carnaval prevê o reaproveitamento de materiais carnavalescos para a produção de artesanato ecológico e rentável para 130 jovens de 14 a 18 anos, filhos de ex-catadores de lixo do bairro de Itaoca, em São Gonçalo. Os jovens recebem a partir de março treinamento para aprenderem a transformar o material de Carnaval em ecodesign para a produção de acessórios, bolsas, bijouterias e cintos. De acordo com a diretora do Instituto Synthesis, Adriana Gomez, ”esta é uma iniciativa inédita e mostra o comprometimento que toda a sociedade, inclusive as escolas de samba, deve ter com a sustentabilidade. Pela primeira vez faremos uma experiência com este tipo de material e é um projeto piloto que pretendemos expandir. A Rocinha prontamente entendeu o nosso projeto e abraçou a causa, de retornar á sociedade os investimentos públicos que são alocados no Carnaval, em forma de geração de renda para quem mais precisa”, disse ela. O Instituto Synthesis em parceria com a Petrobrás realiza desde 2009 o projeto Reciclando Vidas com crianças e jovens que trabalhavam no lixão e conviviam com situações extremas de vulnerabilidade social. No projeto as crianças recebem educação infantil de qualidade, graças a parceria do Instituto com o Programa Petrobras Desenvolvimento & Cidadania e com a empresa ambiental Haztec.
O presidente da escola de samba Acadêmicos da Rocinha Déo Pessoa, que esteve presente na sede do Instituto que fica na Cidade Nova, disse que, ”a Rocinha sente orgulho em ter sido escolhida para participar deste projeto inovador e que no ano que vem a quantidade de material será ainda maior. È nosso papel social dar contribuição na formação de uma sociedade mais justa. O Carnaval é a indústria da alegria e da cidadania também”, disse ele.
Nesta quinta-feira, dia 9 de fevereiro, uma equipe do Instituto Synthesis esteve visitando o barracão da Rocinha, que fica na Gamboa, analisando o quantitativo de material que será recolhido. A ONG Guardiões do Mar, de São Gonçalo, que coordena uma rede de cooperativas de catadores no Estado do Rio, será responsável pela logística de transporte e armazenamento. A associação Devas de costureiras da comunidade da Maré é quem vai repassar o treinamento de ecodesign para os jovens de Itaoca, Clarice Cavalcanti, coordenadora do Devas, enfatizou a importância do projeto que prevê a comercialização destes produtos, “é importante repassarmos a estes jovens que estão entrando na fase produtiva que é possível ter renda com a produção de artesanato ecológico. Não é porque o material não foi utilizado que ele não possui valor. Vamos repassar nossa experiência com reaproveitamento de materiais para os jovens de Itaoca que por muitos anos conviveram com a triste realidade do lixo e agora vão ter contato com uma nova realidade, a do resíduo que traz alegria e renda para as pessoas. Mostraremos na prática que quando todos unem forças é possível integrar comunidades distintas em torno de um objetivo comum, o desenvolvimento sustentável”, falou Clarice.
As oficinas de ecodesign com os jovens de Itaoca começam a partir do mês que vêm, depois que o material for separado e selecionado ápós o desfile. As exposições vão acontecer ao longo do ano em pontos estratégicos de venda. Toda a renda do projeto será revertida para as famílias atendidas no projeto Reciclando Vidas do Instituto Synthesis em São Gonçalo.
Integram o projeto “Reciclando na Folia” Sustentabilidade e Geração de renda no Carnaval: o G.R.E.S Acadêmicos da Rocinha, o Instituto Synthesis, a Associação Devas, a ONG Guardiões do Mar e a comunidade de Itaoca em São Gonçalo.