Estácio de Sá: compositores recebem sinopse

Estácio de Sá: compositores receberam sinopse de enredo que prestará homenagem

ao maestro e produtor musical Rildo Hora

Na noite desta segunda-feira (2), foi entregue no Berço do Samba a sinopse do enredo “A ópera de um menino… O toque do realejo rege o seu destino”, aos compositores que participarão da disputa que definirá o hino que a Estácio de Sá levará para a Passarela do Samba no próximo carnaval. O enredo que está sendo desenvolvido pelo carnavalesco Jack Vasconcelos e tem como autor o pesquisador Marcos Roza, abordará a vida e obra de Rildo Hora, produtor musical e gaitista. Além dos compositores estiveram presentes na quadra durante a explanação de Jack Vasconcelos e Marcos Roza, o presidente da agremiação, Leziário Nascimento, os diretores de carnaval Nelsinho, Roni e Marcão e integrantes da comissão de harmonia da vermelha e branca, além do presidente da ala de compositores, Edson Marinho. O próximo encontro para esclarecimentos de dúvidas dos compositores acontece no próximo dia 12, às 19h e 30min, com o carnavalesco. Confira a sinopse:

Enredo: “A ópera de um menino… O Toque do realejo rege o seu destino!”

Carnavalesco: Jack Vasconcelos

Pesquisador: Marcos Roza

O enredo apresentado,
Trata-se de um conto arretado.
Não fique curioso.
Espere mais um pouco.
Logo tudo será revelado.

Primeiro, deixem que o som do realejo,
Traga ilusões aos seus ouvidos,
Tire-lhes os sentidos
E renovem seus desejos.

É chegada a hora!
Uma mistura sem recato.
Lá vem Estácio!
Você é nosso convidado.
Celebremos de vermelho e branco
E até de encarnado…
A festa do “Leão Coroado”.

O toque do realejo,
Rege o seu destino.
Toca como se entoasse um hino:
Sou de Pernambuco,
Sou crivado de sorte,
Sou filho da terra,
Sou Leão do Norte.
Seus pequeninos acordes
Coroam o povo nordestino.

Essa é a história
De um menino tocador
Que nasceu em Caruaru
E das ‘notas musicais’
Se tornou protetor.
Numa simbiose natural:
Notas, realejo e embocadura.
Toca a saga nordestina,
E sua cultura.

Seu pai, o dentista da região.
Sua mãe, pianista de coração.
Aventurando-se diante de tanta inspiração é:
Menino mamulengo,
Solto no baque do Maracatu,
Na arte de Vitalino,
E na Feira de Caruaru.

Mistura-se conto e magia.
Levado pelas ‘notas musicais’
Descobre a poesia…
Trilha o caminho da música,
A razão da sua alegria.

Das ondas sonoras do rádio,
Tudo se inicia.
Presta atenção na melodia
De uma simples canção.
Aprende de ouvido tocar
A “Asa Branca” do Rei do Baião.

Época, que o pós- guerra pulsa da
Alma de um país inteiro,
Seus sonhos cruzam o mar.
Em Madureira:
Vive o samba de terreiro,
Embala-se nos versos
Dos gênios partideiros,
E encanta-se com a cidade do Rio de janeiro.

Conhece um forte plantel:
Candeia, Manacéa, Waldir 59.
Até Pixinguinha, Zé Ketti e Ismael…
Nesse reduto de bambas,
Não tem pra ninguém.
Seu olhar de criança
Viaja com o samba,
A bordo do trem.

No “palco da criação”
Seu conteúdo faz a festa.
Sua brasilidade se manifesta.
Faz a hora e não espera acontecer:
Com Guerra Peixe
Partitura aprende a ler,
A teoria musical
Renova o seu saber.

Nos bastidores,
Junto a nomes consagrados como
Dolores Duran, Elizeth Cardoso,
Orlando Silva, Lamartine Babo…
É revelação.
Solos de gaita, cavaquinho e violão…
Apresenta-se na Rádio e na Televisão.

Compõe a vida
Em suas canções.
Amor, valentia, paixões…
“Chorar pra que?”
“A vida não me leva”.
“Visgo de Jaca” na vitrola brasileira.
Um “Sambinha Especial”
Com os “Meninos da Mangueira”.

Como um presente do tempo,
Segue uma carreira primorosa.
Maestro, criativo e sempre cheio de bossa
Produz o seu primeiro disco
“A Música é Nossa”.

E não para por aí!
Na voz de Gonzagão,
Tira grandes artistas da madorna.
Faz sucesso com o baião
“Ovo de Codorna”.

A “Kizomba” agradece com carinho.
O povo conhce “Sargento de Milícias”
Do parceiro e amigo Rei Martinho.

Beth Carvalho: “Coisinha do Pai”,
Fundo de Quintal: “Partido Alto”,
Dudu nobre: “Chega Mais”,
João Bosco: “Kid Cavaquinho”.
“Deixa a Vida me Levar”.
Grammy Latino, Disco de Ouro, Platina…
São tantos prêmios que não cabem no meu palavrear.
Tem “Samba pras Moças” e “Coração em Desalinho”
Encanta-nos orquestrando Zeca Pagodinho.

Abençoado pelos anjos negros,
É o Midas dos Bambas!
Com sua batuta rege artistas da MPB
Em sua “Casa do Samba”.

Em seu tempo e lugar
É erudito e popular.
Fantástico,
Surpreendente.
Testemunho de uma história permanente.
Sua obra em nossos corações
Estará sempre presente.

Com vocês Rildo Hora!

Marcos Roza, pesquisador de enredos.

*Foto: Jack Vasconcelos e Marcos Roza

Crédito: Arleson rezende

Arleson Rezende

-Assessoria de Imprensa e Divulgação – G.R.E.S. Estácio de Sá-

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