Parentes de mulher que perdeu bebê e diretoria do Instituto Fernandes Figueira serão intimados a depor Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/parentes-de-mulher-que-perdeu-bebe-diretoria-do-instituto-fernandes-figueira-serao-intimados-depor-6797631#ixzz2D0HgVHbl © 1996 – 2012. Todos direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.

RIO – A Polícia Civil informou, nesta quinta-feira, que a família de Adriana Batista Saturnino, de 27 anos, que perdeu o filho no Instituto Fernandes Figueira/Fiocruz, no Flamengo, e a direção da unidade hospitalar serão intimados a prestar depoimentos. Parentes de Adriana acusam o instituto de negligência. Ela perdeu o bebê na manhã desta quarta-feira, após ficar quase cinco dias em trabalho de parto. O delegado titular da 9ª DP (Catete), Pedro Paulo Pontes Pinho, onde o caso foi registrado, solicitou ao instituto a documentação para permitir a remoção do corpo da criança para o Instituto Médico-Legal (IML), onde será realizada a necropsia.

Nesta quarta-feira, o advogado da família, Diego Bove, afirmou que Adriana, que é moradora de Belford Roxo, na Baixada Fluminense, deu entrada na unidade na quinta-feira da semana passada, já sentindo contrações. No entanto, a assessoria do instituto, em nota, disse que Adriana só deu entrada na unidade na madrugada da última segunda-feira.

O advogado informou que ela passou por uma avaliação médica e foi encaminhada para a enfermaria. No domingo, com dores mais fortes e pressão bem alta, foi medicada com Buscopan para aliviar os sintomas. De acordo com Bove, a bolsa de Adriana estourou apenas na segunda-feira. Desde então, segundo ele, a família iniciou uma saga e começou a pedir para que ela fosse atendida rapidamente. Mas o parto só foi realizado por volta das 10h desta quarta-feira. E o bebê já estava morto.

Júlio Pimentel, um amigo da família, também disse que o pai da criança, Leandro Pereira dos Santos, ainda foi obrigado pelos médicos da unidade a assinar uma declaração de óbito.

A assessoria de imprensa do Instituto Fernandes Figueira negou as informações, e afirmou que Adriana deu entrada na unidade com contrações irregulares e aumento leve da pressão arterial. Ainda segundo a assessoria, a paciente foi submetida a uma investigação detalhada, que não detectou irregularidade materno e fetal. “Em observação desde então na enfermaria de gestantes com todos os cuidados assistenciais necessários, na madrugada de hoje, 21/11 (quarta-feira), a paciente entrou em trabalho de parto, com nascimento do bebê três horas depois em parada cardíaca, sem causa aparente. Consciente de seu papel de zelar pela vida dos seus pacientes, a equipe do Serviço de Neonatologia do IFF realizou todas as manobras de reanimação cabíveis. Contudo, o recém-nascido não respondeu, caracterizando óbito fetal. A causa da morte está sendo apurada por meio da necrópsia do bebê e do estudo na placenta, procedimentos que foram autorizados pela família”, afirma a nota do Instituto Fernandes Figueira.

O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) informou nesta quinta-feira que ainda não recebeu nenhuma notificação sobre o caso. Apesar disso, o órgão afirma que uma sindicância pode ser aberta assim que a denúncia for notificada.

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