carnaval 2011
Sinopse para o sambGrêmio Recreativo Cultural Escola de Samba Mirim Infantes do Lins
Tema: “Por um lugar ao Sol, do Império das Princesas Negras a Infantes do Lins – Uma história de 26 anos de luta e amor”
Do surgimento de um projeto educacional, nasce a pioneira do samba mirim, a Império das Princesas Negras
Em 1984, O projeto “A Escola dá Samba”, idealizado pela Secretaria Municipal de Educação, ocasionou no surgimento da 1ª Escola de Samba Mirim do bairro do Lins de Vasconcelos e a terceira agremiação formada genuinamente por crianças, tendo as cores azul e branca no pavilhão, o Grêmio Recreativo Império das Princesas Negras, sendo desenvolvido por alunos e professores da Escola Municipal Ministro Gama Filho, localizada na Rua Engenheiro Eufrásio Borges, no Lins de Vasconcelos. A agremiação tinha por finalidade a didática de aproveitamento, o saber da comunidade como forma de ampliar o conhecimento dos alunos e os incentivar o cultivo de valores nacionais, a partir da própria realidade.
O Projeto “A Escola dá Samba”, que fez com que os alunos desenvolvessem os segmentos da escola de samba, realizou seu primeiro e único desfile em Dezembro de 1984, apresentando-se com 18 alas, destacando-se as fantasias que representavam mães-de-santo, acendedores de lampiões, escravos e mucamas, moleques, tropeiros, lavadeiras, lobisomens, sacis, rezadeiras, boêmios, domésticas, operários, baloeiros, estudantes e baianas. Integrado por cerca de 600 alunos da Escola Ministro Gama Filho, exibiu ainda dois carros alegóricos, sendo um abre-alas, bateria composta por 60 ritmistas, comissão de frente, contendo 12 princesas negras e dois casais de mestre-sala e porta-bandeira.
Com a colaboração da RIOTUR, que ofereceu toda a infra-estrutura, cedendo carro de som, nos mesmos moldes ao utilizado nos desfiles oficiais de carnaval e contando com o apoio de policiais do 3º Batalhão de Polícia Militar (Méier), a Império das Princesas Negras desfilou durante quatro horas no percurso compreendido entre as ruas Engenheiro Eufrásio Borges e Cônego Tobias, onde era localizada a quadra de ensaios da madrinha, a Lins Imperial. Este desfile também foi o primeiro do segmento mirim a ser televisionado na íntegra pela antiga TVE e com “flashes” pela TV Globo.
A festa teve como mestre de cerimônias o radialista Rogério Campos e contou com a presença de personalidades do mundo do samba. O desfile coroou de pleno êxito todos os objetivos do projeto “A Escola dá Samba”, sendo o único do Império das Princesas Negras, pois o projeto não teve continuidade devido a falta de apoio das autoridades governamentais e patrocínio.
Do Império das Princesas Negras a Infantes do Lins…
O Batizado…
O então presidente da escola-mãe SRES Lins Imperial, Jerônimo Guimarães, batizou a escola, juntamente com Osmar Valença do Salgueiro.
Em 1991, portanto, sete anos após o desfile do Império das Princesas Negras, a comunidade sentiu a necessidade de ter novamente uma Escola de Samba Mirim no bairro, sendo assim, fundada em 1º de Maio por Maria de Nazareth Alves Tavares, Marta Gonçalves Ramos e apoiada por Ana Maria, Euclídes Ramos, Neném, Ângela, Marisa, Alba, Vera e por toda a comunidade do Lins, surgiu o Grêmio Recreativo Cultural Escola de Samba Mirim Infantes do Lins, tendo como primeira Porta-Bandeira Bárbara Marcelle. O primeiro desfile se deu no Sambódromo em 1992 e a verde-e-rosa mirim levou para a Avenida o enredo “O Curupira”, de autoria de Átila Preto Velho, sendo o carnavalesco o carnavalesco Gerôncio Castro. Os primeiros diretores de harmonia foram Dionísio e João Gordo. Os componentes do carro de som, André Melodia, Ricardo 10 e Maycon e comandando a bateria Ticota, São João e Nico, comandados por Mestre Luciano Oliveira, que compôs o primeiro samba de enredo dos Infantes do Lins. A primeira porta-bandeira, Marcela Alves, orgulho da família Lins Imperial, surgida para o mundo do samba, juntamente com outra estrela da verde-e-rosa, o saudoso Edmilson Villas, (na época, intérprete da Escola de Samba Mirim Herdeiros da Vila).
Os primeiros frutos…
Posteriormente, Luciano Oliveira assumiu a função de mestre de bateria, Edmilson, intérprete oficial e Marcela Alves, primeira porta-bandeira da escola mãe, a Sociedade Recreativa Escola de Samba Lins Imperial. Daí surgem nomes como Mestre Márcio, atualmente comandando a bateria da Lins Imperial…
O ressurgimento… Da crise ao orgulho de pertencer a Lins de Vasconcelos
Em 1ºde Maio de 2006, a agremiação retoma o objetivo de brilhar no carnaval e desta forma obtêm seu registro, graças a Robertinho, que viria a se tornar presidente de honra, tendo como grandes incentivadores na época como presidente, a professora Lucia Gomes Frigols e Jorge Luiz de Jesus, o popular Torresmo, figurando como vice-presidente.
A Infantes do Lins fez grandes desfiles, encantando não somente membros da comunidade e componentes, mas ao público que sempre prestigiou o carnaval mirim na Passarela do Samba. Dentre os quais devemos recordar: O Curupia (1992), Que rei sou eu? (1993), Sonhar em ser feliz (1994), Jardim da Infância (1995), Comidas típicas brasileiras (2001) e Palmares: A Tróia Negra (2002).
Com enredos que visam o aprendizado da gurizada a Infantes apresentou com brilhantismo e garra os temas: “Sou curumim nessa terra de pajé” (2007), Brasil, Reino Unido de Portugal e Algarves (2008) e Mundos Mágicos de eterna magia – O Universo Infantil, França-Brasil” (2009).
Direção de Carnavala de quadra – Carnaval 2011