Rosatom confirma interesse em investir no Brasil
Rosatom confirma interesse no Brasil e apresenta sua experiência no desenvolvimento e aplicação de tecnologias e soluções nucleares
Rio de Janeiro – A Rosatom, estatal russa de energia nuclear, realizou nesta sexta-feira, 7/6, seminário sobre sua experiência global no desenvolvimento e aplicação de tecnologias nucleares. O evento contou com executivos da Rosatom e de grandes empresas brasileiras, autoridades da área e representantes dos Ministérios das Minas e Energia e da Ciência e Tecnologia do Brasil. Também estiveram presentes o presidente da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro, e o presidente da Associação Brasileira para o Desenvolvimento das Atividades Nucleares (Abdan) Antonio Muller, entre outros.
Ainda no discurso de boas-vindas, o Diretor Geral Adjunto da Rosatom e responsável pelo desenvolvimento de negócios internacionais, Kirill Komarov, reafirmou o interesse da estatal em trazer a tecnologia russa para o Brasil. O executivo, que passou o dia em Brasília ontem, em encontro com o Ministro de Minas e Energia, Edson Lobão, confirmou o interesse em investir no Brasil e aposta que a energia nuclear é a energia o futuro: é eficaz e segura.
Komarov afirmou que, caso haja interesse por parte do governo brasileiro, a Rosatom está disposta a construir, operar e financiar investimentos em usinas atômicas no País. E deixou claro que está aberta para discutir com o governo o modelo de negócio mais interessante para o País. Na Rússia, por exemplo, há usinas 100% estatais e modelos como Kaleningrado, onde 49% podem ser de investidores privados.
A Rosatom está disposta a apoiar as iniciativas brasileiras com uma gama de soluções. “Somos parceiros flexíveis e estamos prontos para avaliar qualquer modelo de cooperação com o Brasil. Podemos oferecer um modelo único, integrado, e temos condições de ajudar com tecnologia de última geração, já utilizada na Rússia e no mundo. Se for decido que o Brasil aceita investidores privados, estamos à disposição.
Na Turquia, por exemplo, somos 100% proprietários. Mas essa é uma decisão do governo brasileiro”.
O presidente da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro, destacou que o Brasil precisa pensar em outras soluções para a matriz energética, hoje bastante dependente de hidrelétricas. A Eletrobrás tem planos de construir de quatro a oito usinas nucleares até 2030 e só cogita usar reatores seguros, com a tecnologia PPW (Pressurized Water Reactor), reatores pressurizados à água, a mesma usada pela Rosatom. De acordo com Pinheiro, “O Brasil precisa de boas opções e a Rosatom é um dos fornecedores qualificados que estão em avaliação. Estamos analisando”.
A Rosatom tem 28 projetos de construção de novas usinas em andamento, sendo 19 fora da Rússia, em países como Índia, China, Bielo-Rússia, Turquia e Vietnam. Agora, a carteira de pedidos da Rosatom é cerca de US $ 70 bilhões em um período de 10 anos, disse Komarov. Em 2030, ele estima que a carteira de pedidos atingirá 80 blocos.
A segurança da energia nuclear permeou quase todas as plenárias do dia. De acordo com executivos da empresa, após o desastre de Fukushima, no Japão, os últimos dois anos foram dedicados a testes que comprovaram que os reatores de água pressurizada atendem às mais altas exigências no mundo inteiro, com estruturas de contenção que podem resistir até mesmo à queda de aviões. Eles acrescentaram que, antes de exportadas, todas as tecnologias são utilizadas primeiro dentro da Rússia.
Informações adicionais:
A cooperação russo-brasileira na esfera nuclear é regulada pelo Acordo Bilateral entre o Governo da Federação da Rússia e o Governo da República Federativa do Brasil para uma parceria visando usos pacíficos da energia nuclear, assinado em 15 de setembro de 1994. No dia 21 de julho de 2009, os dois países concluíram um memorando de entendimento para cooperação nuclear.
Em dezembro de 2011, a Rusatom Overseas aderiu à Associação Brasileira para o Desenvolvimento de Atividades Nucleares (Abdan).
A corporação estatal de energia atômica Rosatom engloba mais de 250 empresas e instituições científicas, incluindo todas as empresas civis nucleares da Rússia, as instalações do complexo de armas nucleares, organizações de pesquisa e única frota de propulsão nuclear do mundo. A Rosatom ocupa posição de liderança no mercado mundial de tecnologias nucleares. A Rosatom implementa projetos para a construção de 28 unidades de energia nuclear, 19 das quais no exterior. www.rosatom.ru
A JSC Rusatom Overseas, subsidiária da corporação estatal de energia atômica Rosatom, foi fundada em 2011 com o objetivo de promover a tecnologia nuclear russa no mercado global. A Rusatom Overseas atua como um integrador de soluções complexas da Rosatom em energia nuclear, gerencia a promoção da oferta integrada e do desenvolvimento de negócios nucleares russos no exterior, bem como trabalha para criar uma rede mundial de escritórios comerciais da Rosatom. www.rosatom-overseas.com
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