Diretor de harmonia merece respeito
por Daniel Duarte*
Nos últimos carnavais, episódios, como os brevemente relatados por Maquias Valadares, ex-diretor de Harmonia da Lins Imperial, que desligou da escola por não aceitar interferência no seu departamento, se tornam cada vez mais comuns. O espaço do diretor de harmonia na organização do desfile, no planejamento do organograma de apresentação da escola, dos ensaios, nas avaliações e orientações junto aos casais de mestres-salas e porta-bandeiras, na comissão de frente e tantas outras funções, vão se reduzindo em detrimento dos compromissos pessoais e comerciais assumidos pelas escolas de samba.
Pessoas que caem nas escolas como franco “paraquedistas”, assumem, ou melhor, se apropriam de tais funções, com a concordância de diretores e presidentes. e realizam trabalhos aquém do que se espera de determinado setor.
No entanto, a grande responsabilização de eventuais incidentes ocorridos nos desfiles, seguem sendo devidamente depositados na conta dos diretores de harmonia. Se o casal de mestre-sala e porta-bandeira não teve tempo para se apresentar, porque “alguém” puxou a cabeça da escola, culpa do diretor de harmonia; se um buraco abriu no desfile porque a bateria “resolveu”, na hora, passar direto no recuo, culpa do diretor de harmonia; se até mesmo alas das comunidades são penalizadas por não cantarem o samba, já que o samba não era bom e os ensaios foram cancelados porque a diretoria assim desejou, culpa de quem? Do diretor de harmonia, é claro.
Acho que já passou da hora das agremiações seguirem exemplos positivos que estão por aí, valorizando o trabalho desse diretores, atribuindo a devida responsabilidade que lhes cabem na organização dos desfiles e na parceria com os demais diretores, tudo isso na busca de um objetivo comum: realizar um desfile campeão na passarela do samba.
Chega de desautorização!
vamos respeitar os Diretores de Harmonia sempre a Harmonia paga pelo desfile .
Mas uma Vez vamos Respeitar pela Harmonia.