Carnavalesco campeão Alex Oliveira receberá prêmio domingo

Criatividade na sala (de aula) e na escola (de samba)

Carnavalesco e professor da UVA, Alex Oliveira prova que unir dois universos tão diferentes pode dar um ótimo “enredo

Cursos diversos ganham, na Universidade Veiga de Almeida, um tratamento especial: o aluno é estimulado a soltar a imaginação, sair da caixinha e estar apto a criar o inimaginável. Para o psicólogo e educador russo Vygotsky (1896-1934), a atividade criadora faz do homem um ser que modifica o presente e se volta para o futuro. Esse é o mote da disciplina Laboratório de Criatividade e Inovação, que tem entre o seu quadro docente Alex Oliveira – campeão 2015 do Carnaval do Rio da Série B, como carnavalesco da Acadêmicos da Rocinha – e que como o curso sugere, inovou ao mostrar aos seus alunos que a escola de samba também é uma empresa.

“No barracão da Rocinha, consegui uma parceria de estágio para meus alunos perceberem que a escola de samba é um mercado de trabalho sério: é preciso logística e planejamento”, diz Alex, que já apresentou uma proposta à Universidade para um curso de extensão em Direção de Carnaval.

O campeonato pelo enredo Borboleteando nos destinos da vida! O que te desafia, te transforma, que ainda está rendendo homenagens, foi conquistado com a colaboração de alunos dos cursos de Comunicação, Design, Direito, Engenharia e História. No próximo domingo, dia 8 de março, na quadra do Salgueiro, ele receberá o prêmio Estrelas do Carnaval  de melhor carnavalesco da Série B, na festa do site Carnavalesco. E no dia 10 de abril, na Cidade do Samba, Alex novamente será homenageado na Premiação Plumas e Paetês.

Tudo isso faz parte do show e, ao invés de inibir, os holofotes deixam o professor bem à vontade. Alex foi mestre-sala mirim da Portela, em 1983. Depois, encarnou a figura mais simpática do Carnaval: no período entre 1997 e 2008, ele foi o Rei Momo por diversas vezes – e usa até hoje, com carinho, o anel com a coroa-símbolo dessa majestade. Quando se aposentou da função, já com o nome tão associado à festa carioca, recebeu a Medalha Pedro Ernesto, principal comenda do Rio de Janeiro, oferecida pela Câmara Municipal.

A conquista recente, portanto, nada mais é do que a consequência por pensar além, como sempre. Outra lição do professor, que este ano dá aulas nos cursos de Engenharia (Tijuca) e Comunicação (Cabo Frio e Downtown). “Sonho em voltar ao grupo Especial”, comenta o portelense, que já assinou o carnaval da escola de Madureira, em 2010, e ainda passou pela Viradouro, Unidos do Jacarezinho e Arranco do Engenho de Dentro. O caminho está sendo trilhado: em 2016, ele continua como o carnavalesco da escola conhecida como “Borboleta Encantada”, que retorna ao Sambódromo, desfilando no grupo de acesso. Daí para o posto mais alto, questão de tempo – e criatividade.

Elisabete Nogueira

Coordenadora de Assessoria de Imprensa, Diretoria Executiva de Marketing, Matrículas & Comunicação

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