Associação Cultural italiana desenvolve seus passos para se tornar uma escola de samba e conta com o talento de brasileiros para ensinar o ritmo mais famoso do mundo

Associação Cultural Legau da Metro ensina percussão e ritmos do carnaval carioca

Associação Cultural italiana desenvolve seus passos para se tornar uma escola de samba e conta com o talento de brasileiros para ensinar o ritmo mais famoso do mundo

A Associação Cultural Legau da Metro, é uma instituição burocrática que nasceu depois de três anos que a escola de percussão do mesmo nome – Legau da Metro nasceu. O projeto é fruto do desejo do seu idealizador e o seu diretor de bateria – Stefano Capuzzi.

E porque trabalhar com uma cultura 100% brasileira? Segundo Stefano, a proposta de trabalhar o samba carioca surgiu do 

namoro que o mesmo tinha com a música brasileira, com os ritmos brasileiros, em especial o samba. “namorei a música 

brasileira e namorei, sobretudo, o samba”. Estudou e aprendeu menino, criança, a tocar funk e depois jazz por alguns anos. E quando conheceu o samba – foi arrebatamento total.

Muito popular na Itália, para Stefano o samba é um ritmo muito repetitivo. E dentro dessa coisa repetitiva, podia vislumbrar o mundo de outra forma – maior. E segue dizendo que – “eu olhando pra dentro do samba, eu aprendi que tenho que aprender coisas até o dia da minha morte”.

E a inspiração para criar a sua escola partiu da mistura dos diversos sons que as baterias das agremiações do Grupo Especial carioca têm. Escolas de samba como Mocidade, Mangueira, Portela, Unidos da Tijuca e Salgueiro, ensinaram e ensinam o que há de melhor na vida. E cita a Mocidade Independente de Padre Miguel como a sua maior fonte de inspiração, por vê-la como uma escola inovadora, na história do samba. “É isso que eu conheço, pois como sou italiano não conheço a história do samba como um brasileiro. O que eu sei, é que a Mocidade sempre foi uma escola inovadora. Por isso que eu gosto dela”.


Certo de sua escolha, Stefano pretende introduzir alguns aspectos fundamentais de outras escolas de samba cariocas, do Grupo Especial. Pois, em sua visão, cada escola tem uma coisa bonita. Com uma formação de 99,9% de italianos, cuja exceção é o brasileiro Marcelo Solla, que também é percussionista da Legau da Metro e acumula a função de narrador das apresentações da mesma, Marcelo explicando ao público presente nos shows o que é o samba, a autoria do samba, e de qual escola de samba ele pertence.

Como fonte de enriquecimento deste aprendizado a Legau da Metro recebeu em sua Associação, Mestre Bereco – integrante da bateria do GRES Prisioneiros do Samba – agremiação suíça, e o responsável pelo intercâmbio cultural Brasil-Suíça-Europa – Claudio Penido. A visita de Bereco à Legau da Metro foi para a realização de um workshop, com o intuito de estreitar ainda mais o intercâmbio cultural entre Brasil e Europa, na divulgação da maior festa do país – o carnaval e, em especial o do Rio de Janeiro, e o samba.

Por: Claudio Penido

Fotos: Arquivo da Produtora Mais Brasil & Stefano Capuzzi.

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