MUSEU DO SAMBA HOMENAGEIA A PORTA-BANDEIRAMARIA HELENA COM TROFÉU “MÃES DO SAMBA”

MUSEU DO SAMBA HOMENAGEIA A PORTA-BANDEIRA MARIA HELENA COM TROFÉU “MÃES DO SAMBA”

Tributo à sambista integra a programação da 19ª Semana Nacional de Museus

Lendária porta-bandeira do carnaval carioca que inspirou várias gerações de mulheres sambistas, Maria Helena Rodrigues, 76 anos, é a homenageada de 2021 do projeto “Mães do Samba”, que o Museu do Samba realiza desde 2014, sempre no mês de maio. O troféu “Mães do Samba” será entregue à sambista no próximo sábado, 22 de maio, em transmissão realizada pelo canal Fita Amarela, no Youtube. A oitava edição do evento faz parte da programação da 19ª Semana Nacional de Museus, que o Ibram (Instituto Brasileiro de Museus) está realizando entre 17 e 23 deste mês.

“Maria Helena é dona de um legado fundamental para a preservação do tradicional bailado dos casais de porta-bandeiras e mestres-salas; ela foi exemplo de garra e talento na Passarela do Samba e continua a influenciar porta-bandeiras de diferentes idades”, afirma Nilcemar Nogueira, fundadora do Museu do Samba.

A homenageada recebeu a notícia com emoção e bom humor. “Estou achando muito chique essa homenagem; para mim é importante que os sambistas sejam lembrados enquanto ainda estão vivos. Eu só tenho a agradecer ao Museu do Samba”, declarou a porta-bandeira, que estreou no carnaval do Rio de Janeiro há cinquenta anos.

Maria Helena foi seis vezes campeã do Carnaval pela Imperatriz Leopoldinense e três vezes vencedora do Estandarte de Ouro – prêmio do jornal O Globo considerado o Oscar do carnaval carioca. Entre 1983 e 2005, ela dançou com seu filho Chiquinho na Imperatriz, formando um casal que transformou-se em referência dos desfiles na Marquês de Sapucaí. A dupla também deu aulas do bailado de mestre-sala e porta-bandeira para crianças da Vila Cruzeiro, comunidade do Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio, e da Vila Olímpica de Ramos.

Maria Helena nasceu em 1945, em São João Nepomuceno, Minas Gerais, e mudou-se para o Rio de Janeiro em 1960. Em 1971 estreou como porta-bandeira, aos 26 anos de idade, defendendo a Unidos da Ponte. Além da Imperatriz e Ponte, a sambista teve passagens pelas agremiações cariocas Unidos da Tijuca, Império da Tijuca, União da Ilha e Alegria da Zona Sul e pela Unidos da Vila Mamona, no Mato Grosso do Sul.

Sobre o Troféu Mães do Samba – Desde 2014, o troféu “Mães do Samba” é entregue pelo Museu do Samba a mulheres que são consideradas referências para a preservação e difusão da identidade do samba carioca, por meio de sua liderança em movimentos culturais e sociais e de sua luta pela valorização dos sambistas. A celebração acontece uma vez por ano, sempre em maio, mês em que se comemora o Dia das Mães.

Nas sete edições anteriores foram homenageadas sambistas como Tia Surica, Selminha Sorriso, Vilma Nascimento, Dorina, Tia Nilda, Tia Glorinha do Salgueiro, Ângela Nogueira, Dorina, Geisa Kety, Selma Candeia e Tia Gessi, entre outras.–


Jean Claudio Santana (MTB 26263/RJ)

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