Portela Moves Sapucaí with a Tribute to Milton Nascimento
Portela emociona Sapucaí com homenagem a Milton Nascimento
Com “Maria, Maria”, público canta e se emociona na abertura do desfile
Na noite de 4 de março de 2025, a Marquês de Sapucaí foi tomada por uma onda de emoção quando a GRES Portela iniciou seu desfile com uma homenagem ao cantor e compositor Milton Nascimento. Sob a voz potente do intérprete Gilsinho Conceição, a escola abriu os trabalhos com o clássico “Maria, Maria”, levando o público às lágrimas.
Milton, que brilhou em vida como um dos maiores ícones da música brasileira, foi celebrado pela azul e branca de Madureira com um enredo que exaltou sua trajetória, suas influências e sua voz única. O esquenta do desfile foi um espetáculo à parte: ao som de “Maria, Maria”, os foliões na arquibancada entoaram a canção em coro, criando um dos momentos mais marcantes do Carnaval carioca.
Portela e Milton: a união da águia com o voo do artista
A comissão de frente trouxe uma representação poética do “menino do interior” que se tornou estrela mundial, com bailarinos encenando sua ascensão na música. O primeiro carro alegórico, batizado de “Travessia”, relembrou a canção que revelou Milton ao Brasil. Com cenografia grandiosa e elementos que remetiam à cultura mineira, a Portela mostrou a influência de suas raízes na identidade do cantor.
As alas contaram a trajetória do artista, desde o Clube da Esquina até sua consagração internacional. Entre os destaques, a ala das baianas brilhou com fantasias inspiradas na canção “Cais”, em tons de azul e prata, remetendo à profundidade e melancolia tão presentes na obra de Milton.
O carro abre-alas trouxe uma gigantesca águia azul sobrevoando um céu estrelado, simbolizando o voo artístico de Milton Nascimento. Ao centro, uma escultura do cantor emocionou o público, com um rosto sereno e expressão de quem sempre cantou com a alma.
Choro, canto e aplausos na Sapucaí
O ápice do desfile veio no último setor, quando a bateria “Tabajara do Samba” silenciou para o público cantar em uníssono “Canção da América”. Com lágrimas nos olhos, muitos sambistas e foliões se abraçaram, lembrando do legado imortal deixado pelo artista.
A Portela encerrou sua passagem pela avenida com a certeza de que fez história ao unir a força do samba à magia da música de Milton Nascimento. A Sapucaí cantou, chorou e se encantou, transformando o desfile em uma despedida à altura de um dos maiores nomes da cultura brasileira.
📸 Crédito Fotos: Paulo Balesteiro
✍️ Por Sandra Cristina (SandraZayres) – MTB 0037715RJ
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Portela Moves Sapucaí with a Tribute to Milton Nascimento
With “Maria, Maria,” the Crowd Sings and Gets Emotional at the Start of the Parade
On the night of March 4, 2025, the Marquês de Sapucaí was swept by a wave of emotion as GRES Portela kicked off its parade with a tribute to singer and composer Milton Nascimento. Under the powerful voice of interpreter Gilsinho Conceição, the school opened its performance with the classic “Maria, Maria,” bringing the audience to tears.
Milton, who shone during his lifetime as one of the greatest icons of Brazilian music, was celebrated by the blue and white of Madureira with a storyline that exalted his journey, influences, and unique voice.
The parade warm-up was a spectacle in itself: to the sound of “Maria, Maria,” the spectators in the stands sang in chorus, creating one of the most memorable moments of Rio’s Carnival.
Portela and Milton: The Union of the Eagle with the Artist’s Flight
The comissão de frente (opening performance) brought a poetic representation of the “boy from the countryside” who became a global star, with dancers portraying his rise in the music world. The first float, named “Travessia,” paid homage to the song that introduced Milton to Brazil. With grandiose scenery and elements reminiscent of Minas Gerais culture, Portela showcased how his roots shaped his musical identity.
The parade sections narrated the artist’s trajectory, from the Clube da Esquina movement to his international recognition. Among the highlights, the baianas shone in costumes inspired by the song “Cais,” in shades of blue and silver, evoking the depth and melancholy so present in Milton’s work.
The abre-alas float featured a gigantic blue eagle soaring over a starry sky, symbolizing Milton Nascimento’s artistic flight. At the center, a sculpture of the singer moved the audience, with a serene face and the expression of someone who always sang from the soul.
Tears, Singing, and Applause at Sapucaí
The climax of the parade came in the final segment when the Tabajara do Samba drumline fell silent, allowing the crowd to sing “Canção da América” in unison. With tears in their eyes, many samba dancers and spectators embraced, remembering the immortal legacy left by the artist.
Portela ended its performance on the avenue with the certainty that it had made history by uniting the power of samba with the magic of Milton Nascimento’s music. Sapucaí sang, cried, and was enchanted, turning the parade into a farewell worthy of one of Brazil’s greatest cultural icons.
📸 Photo Credit: Paulo Balesteiro
✍️ By Sandra Cristina (SandraZayres) – MTB 0037715RJ
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