Agenda de sexta-feira (05/07) do prefeito Eduardo Paes e material de divulgação do Lançamento do Concurso internacional de arquitetura para a construção do Centro Cultural Rio-África
Agenda do prefeito Eduardo Paes
Sexta-feira (05/07)
1 – Prefeitura do Rio reabre a Arena Cultural Fernando Torres, em Madureira, totalmente reformada
10h – O prefeito Eduardo Paes e o secretário de Cultura, Marcelo Calero, reinauguram a Arena Fernando Torres, espaço de produção, diversão e arte, em Madureira. O local ganhou novo projeto acústico e uma reforma geral da fachada, banheiros, camarins e palco. A reabertura terá apresentação de capoeira e o show de samba “Mulheres da Pequena África”.
Local: Arena Fernando Torres, Rua Bernardino de Andrade, 200, Madureira.
2 – Prefeitura realiza a primeira ação de reflorestamento com uso de drones semeadores, na Serra de Inhoaíba, em Campo Grande
12h – O prefeito Eduardo Paes e a secretária de Meio Ambiente e Clima, Eliana Cacique, dão início ao reflorestamento em áreas de difícil acesso com uso de inteligência artificial e drones na Serra de Inhoaíba, em Campo Grande, na Zona Oeste. A ação tem como objetivo contribuir para mitigação dos impactos das mudanças climáticas na cidade.
Local: Serra de Inhoaíba. Ponto de encontro: Rua Engenheiro Otávio Rayol, acesso pela Rua Alvorada, Campo Grande/Inhoaíba.
3 – Prefeitura do Rio dá início a sete novas frentes de obras das intervenções do Anel Viário de Campo Grande
13h – O prefeito Eduardo Paes anuncia o início de obras complementares do Anel Viário de Campo Grande. Seguindo o Plano de Mobilidade, sete intervenções em vias importantes e de grande circulação do maior bairro do país serão transformadas com serviços de requalificação urbana dando maior fluidez ao trânsito na região. Os investimentos para essas obras superam R$ 200 milhões.
Local: Avenida Cesário de Melo, 3.489 – Clube 10 de Maio (referência: ao lado da Light).
4 – Prefeitura do Rio inaugura o mergulhão sob a Avenida Cesário de Melo, parte das intervenções do Anel Viário de Campo Grande
14h – A Prefeitura do Rio inaugura o novo mergulhão sob a Avenida Cesário de Melo, em Campo Grande. A obra faz parte do pacote de intervenções do Anel Viário, dentro do Plano de Mobilidade de Campo Grande, projeto que está transformando o bairro mais populoso do país e que tem previsão de conclusão em 2026. Com cerca de 400 m de extensão, a passagem subterrânea irá reduzir o trânsito no cruzamento da Avenida Cesário de Melo com a Estrada do Monteiro e ainda desafogar a Rua Professor Castilho.
Local: Estrada do Monteiro, 111, Campo Grande (referência: em frente à Academia Lifefit Campo Grande II)
5- Prefeitura do Rio reabre o Teatro Ziembinski, na Tijuca, após reforma e modernização
19h – O prefeito Eduardo Paes e o secretário de Cultura, Marcelo Calero, reinauguram o Teatro Ziembinski, na Tijuca, após obras de modernização. Desapropriado pelo município, o espaço passa a oferecer acessibilidade e segurança, através das novas instalações elétricas e controle de incêndio. O entorno do teatro da Zona Norte também foi revitalizado, incluindo um palco externo, carinhosamente apelidado de “Zimbinha”.
Local: Avenida Heitor Beltrão s/nº, Tijuca (altura da estação do Metrô São Francisco Xavier)
Centro Cultural Rio-África: prefeitura lança concurso internacional para arquitetos negros
Objetivo é selecionar projetos para a construção do novo espaço para valorizar a herança negra, na Zona Portuário do Rio
Em um ambiente tomado por muita emoção, com decoração, músicas e cânticos que evocavam a ancestralidade africana, a Prefeitura do Rio e o Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB) lançaram, nesta quinta-feira (4/7), o concurso que vai selecionar projetos arquitetônicos para a construção do novo Centro Cultural Rio-África. O espaço ocupará o antigo prédio da maternidade Pró-Matre, na região da Pequena África e próximo ao Cais do Valongo, na Zona Portuária do Rio de Janeiro.
A Companhia Carioca de Parcerias e Investimento (CCPAR) e a Coordenadoria de Promoção da Igualdade Racial da Casa Civil coordenam o projeto ao lado do IAB.
– Vamos pegar essa maternidade e fazer um museu, o espaço da memória africana aqui no Rio de Janeiro. Aquele museu que tem em Washington, vamos fazer o daqui mais bonito, raiz, muito melhor. Isso aqui é Brasil – afirmou o prefeito Eduardo Paes, ao anunciar o concurso que escolherá o projeto do novo museu. Ele lembrou que essa é uma história que precisa ser contada, expondo todas as desigualdades e feridas do Brasil:
– Essa cidade não vai melhorar, o Brasil não vai melhorar, enquanto a gente não entender que a nossa tragédia é essa desigualdade que bate principalmente no povo preto. Não é uma assinatura de convênio, não é um momento de celebração. Vai sair, sim, esse centro cultural, pra que essas vísceras e essa história sejam expostas, para que o povo possa conhecer, e a gente possa, a partir disso, corrigir as injustiças.
Além do prefeito Eduardo Paes, a cerimônia contou com a presença de representantes do poder municipal, como o coordenador de Promoção e Igualdade Racial, Yago Feitosa, o secretário da Casa Civil, Lucas Padilha, e o presidente da CCPar, Gustavo Guerrante. Entre as lideranças e representantes da comunidade negra no Rio, destaque para a linguista e escritora Maria da Conceição Evaristo, a socióloga e historiadora Maria Moura, e a atriz e poetisa Elisa Lucinda. O grupo Afoxé Filhos de Gandhi entoou canções e havia painéis destacando personalidades como o escritor Machado de Assis, João Cândido, Tia Ciata, Tia Dadá, Madame Satã e a própria Conceição Evaristo.
Ao todo, serão distribuídos R$ 105 mil aos três primeiros colocados, e o grande vencedor será contratado para o desenvolvimento do projeto de cerca de R$ 30 milhões. O concurso está aberto a arquitetos negros brasileiros e africanos de língua oficial portuguesa com assento no Conselho Internacional de Arquitetos de Língua Portuguesa (CIALP). Fazem parte do CIALP, os arquitetos de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe.
Serão selecionados os três projetos com melhor solução técnica para a implementação do Centro Cultural Rio-África. O espaço tem por objetivo valorizar a cultura afro-brasileira, com ações que produzam e provoquem interpretações sobre a ancestralidade afrodiaspórica, o passado e o futuro da região portuária. Serão oferecidos conteúdos sobre a Pequena África, sua história, personagens e o desenvolvimento urbano desse território. O espaço será um local para promover a arte e a cultura contemporânea afro-brasileira e também vai registrar a evolução urbana do território, onde há o maior conjunto de remanescentes da presença africana na cidade, com destaque para o Cais do Valongo.
– O Centro Cultural Rio-África é um equipamento de cultura, de arte contemporânea negra que é inédito na cidade. Ela não concorre com nenhum outro equipamento, uma vez que ela se propõe a valorizar a arte contemporânea negra e está centrada nos valores do afro-futurismo. Nós, jovens negros que herdamos os legados africanos, temos a responsabilidade de construir novos legados para as gerações futuras –explicou Yago Feitosa, destacando a importância do novo espaço cultural para o Rio de Janeiro.
A iniciativa da Prefeitura é parte de um conjunto de ações desenvolvidas para a promoção da igualdade racial. Por meio da Coordenadoria de Promoção da Igualdade Racial, a Prefeitura criou a Cátedra da Pequena África e Território Inventivo, com o intuito de produzir conhecimentos e instrumentos de valorização desse território. A prefeitura mantém também, através da Secretaria Municipal de Cultura, o Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira (MUHCAB), situado na Pequena África e que conta a história da região onde ocorreu o maior desembarque de africanos escravizados no mundo, de importantes marcos de afirmação negra no Brasil e do desenvolvimento da cultura afro-brasileira.
O concurso será dividido em quatro fases, iniciado em junho, com a pré-produção. De 5 julho a 30 agosto serão abertas as inscrições. O envio das propostas deverá ocorrer até 30 de setembro.
– O concurso é a forma mais democrática de escolher os projetos e promoverá a conscientização da necessidade de construirmos uma sociedade mais justa, mais solidária, menos desigual e menos racista –afirmou a presidente do IAB, Marcela Ablas. Ela anunciou ainda a realização nesta sexta-feira (5/7), às 19h, de uma live, no canal oficial do IAB no Youtube, para apresentar mais detalhes do concurso.
Os participantes deverão levar em consideração algumas linhas de pesquisa de conteúdo e formação de acervo no circuito expositivo a ser proposto para o Centro Cultural Rio-África: Memória, História e Cultura daqueles que por ali passaram e ali viveram; Arte afro-brasileira; Presença cultural afro-brasileira nas manifestações culturais e Território, destacando as diversas transformações espaciais da zona portuária.
Para Maria Conceição Evaristo, o novo espaço vai preservar, divulgar e guardar a memória negra do Rio de Janeiro:
– Celebra-se a memória do passado, de modo que possa ser um espaço que em que se faça uma crítica do presente. E que possa pensar num Brasil mais justo, mais democrático em que todos nós tenhamos nossos lugares, nossos espaços de cultura.
Ao seu lado, Elisa Lucinda considerou “genial e revolucionária” a ideia do novo centro cultural. E exaltou a opção por arquitetos negros para o desenvolvimento do projeto.
– A gente está recuperando o nosso lugar, o Cais do Valongo, a Pequena África. Há uma grande ingratidão do mundo e está na hora de nos ressarcir.
Assessoria de Imprensa – Prefeitura do Rio – Prefeito Eduardo Paes
Crédito FotosFotos: Beth Santos/ Prefeitura do Rio
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