Autoridades dos setores de Segurança Pública, Direitos Humanos e Cidadania
Autoridades dos setores de Segurança Pública, Direitos Humanos e Cidadania apontaram alternativas para conter o aumento da criminalidade
Discutir estratégias para reduzir os índices crescentes de violência na Baixada Fluminense, impulsionados pela implantação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) nas comunidades do Rio de Janeiro. Esse foi o principal objetivo do 1º Seminário de Segurança Pública, Cidadania e Direitos Humanos, realizado nesta quarta-feira, dia 6, no Fórum do município, que discutiu ainda a implementação de políticas públicas de combate ao preconceito contra a população LGBT, jovens, pobres e negros, considerados as principais vítimas do sistema
O evento, realizado pela Prefeitura de Mesquita por meio da secretaria de Governo e com apoio da Coordenadoria de Políticas para a Diversidade Sexual, contou com a participação de várias autoridades de Segurança Pública e Direitos Humanos de Mesquita e do Rio. Durante o encontro, que faz parte do conjunto de ações do projeto Mesquita Sem Preconceito, o prefeito Gelsinho Guerreiro defendeu a aplicação de uma legislação mais rígida para crimes com morte e para traficantes de drogas. Ele ressaltou ainda a inversão de valores que ocorre atualmente, onde bandidos são considerados heróis em suas comunidades, enquanto policiais se sentem impotentes para agir diante da “guerra” instalada e do assédio de entidades representativas dos direitos humanos.
“Direitos humanos são para todos, inclusive para os policiais mortos em confronto com bandidos, que nada mais são do que trabalhadores exercendo sua função e que também deixam família chorando suas mortes”, afirmou ele, aplaudido pelo público. Já a deputada estadual Daniele Guerreiro, que é vice-presidente da Comissão dos Direitos das Crianças, Adolescentes e Idosos, na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), elogiou a iniciativa da realização do seminário e lembrou que segurança, direitos humanos e cidadania são questões entrelaçadas. Ela convocou a população e as autoridades presentes a unir forças e lutar contra a violência.
O comandante do 20º BPM (Mesquita), tenente coronel Marcos Vinícius dos Santos, defendeu os policiais, lembrando que muitos estão dando a própria vida em prol da sociedade e o reforço da estrutura de segurança pública, com mais viaturas, armamentos e pessoal qualificado. Delegados da 59ª DP (Duque de Caxias), Juliana Amorim, e da 53ª DP (Mesquita), Matheus de Almeida, convocaram a população a não sair da Baixada e sim lutar contra a violência crescente. “Os índices oficiais de criminalidade baixaram no Rio, mas a sensação de insegurança só aumenta, comprovando que a questão é mais social, já que a população mais pobre tem cada vez mais filhos, que acabam na criminalidade por falta de oportunidade”, disse Matheus.
Também participaram do encontro o secretário de Segurança Pública de Mesquita, Yves Murilo, que enumerou melhorias implantadas pela guarda; o coordenador da Diversidade Sexual, Neno Ferreira; o representante da secretária de Governo, Thiago Álvaro; o procurador geral Roberto Pontes, vereadores e representantes da comunidade LGBT, como a psicóloga Maiara Fafine, e dos Direitos Humanos, como o advogado João de Barros
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