Chiquinha Gonzaga: I Want to PassAn Unprecedented Theatrical Recital Showcasing the Revolutionary Journey of the Most Important Woman in Brazilian Music History, with a One-Time Performance in Tijuca

Chiquinha Gonzaga: eu quero passar” 
Recital cênico inédito que aborda a trajetória revolucionária da mulher mais importante na história da música brasileira realiza apresentação única na Tijuca

Inspirado na trajetória de uma das figuras mais significativas da música brasileira, o recital cênico “Chiquinha Gonzaga: eu quero passar”, realiza circulação em espaços do Sesc/RJ e apresentação extra no Centro da Música Carioca Artur da Távola. A montagem é uma celebração à trajetória revolucionária da musicista que lançou a primeira marchinha de Carnaval no Brasil.

Com interpretação de Raquel Paixão, direção cênica de Elisa Lucinda e direção musical de Maria Teresa Madeira, a obra apresenta um repertório exclusivamente composto por Chiquinha Gonzaga, em um diálogo sensível entre música e teatro. Raquel Paixão interpreta a personagem, revelando curiosidades e momentos decisivos da sua caminhada feminista e abolicionista. 

Ao longo do recital, o público é convidado a revisitar a história de Chiquinha, não apenas como uma artista de vanguarda, mas também como uma mulher negra em um Brasil marcado por desafios sociais e raciais. A pianista compartilha suas próprias vivências como mulher e artista negra, refletindo sobre a importância de dar visibilidade a essas narrativas no contexto da música clássica.

“A música de Chiquinha Gonzaga sempre esteve presente em minha vida. Tenho formação em música clássica, com bacharelado, mestrado e especialização em piano. Nesse ambiente, sempre tive na memória músicas como Corta-Jaca, Plangente, Lua Branca, além da marchinha de carnaval Ô Abre Alas, que faz parte do nosso universo cultural”, compartilha Raquel Paixão.

A diretora cênica e multiartista, Elisa Lucinda, reforça que o objetivo do recital cênico é o de promover o acesso à obra e biografia da compositora, explorando seu repertório musical e o conectando às diferentes fases de sua vida. Além disso, também investiga o contexto social carioca em que a compositora esteve inserida, através de análise das obras de teatro e música onde a maestra esteve presente como autora e colaboradora.

“O Brasil não tem produzido no seu imaginário a imagem da Chiquinha Gonzaga negra e o recorte que ela foi uma feminista, uma revolucionária, filha de uma mulher negra, teve que casar escondida com seu pai porque ele era burguês e ela negra. Essas questões que nunca foram problematizadas nas produções que ela não foi representada como negra”, pontua Elisa.

“Todas as mulheres são herdeiras dos caminhos que a Chiquinha Gonzaga abriu, por isso, vamos fazer um recital cênico que vai realizar o papel que eu gosto que a arte faça: divirta, reflita e ensine arte e educação”, completa a diretora. 

Maria Teresa Madeira, diretora musical, elogia Raquel Paixão, expressando o trabalho de excelência exercido pela pianista, pesquisadora e como professora, difundindo a música brasileira. “Esse projeto traz a figura de Francisca Edwiges Neves de Gonzaga, mais uma vez, como protagonista. Essa maestra, compositora, pianista, arranjadora e uma pessoa muito influente na nossa vida musical brasileira, que trouxe à tona problemas sociais, que até hoje nos são muito caros”, afirma.

“Então, muitos vivas a esse trabalho incrível, que eu tenho muita alegria de poder colaborar e que tenho certeza que vai trazer uma luz mais brilhante ainda sobre a vida dessa figura tão impressionante e tão marcante que é nossa Chiquinha Gonzaga”, conclui a diretora musical. 

Raquel Paixão revela ainda que sempre soube que Chiquinha Gonzaga foi a primeira musicista profissional do Brasil, em um tempo em que o estudo do piano para mulheres limitava-se às habilidades domésticas, voltadas para a recreação familiar. No entanto, que Chiquinha Gonzaga, assim como ela, tinha uma mãe negra, foi uma descoberta tardia. 

“Como pianista negra, sempre me senti isolada no universo da música clássica, pois havia poucas mulheres negras nas quais eu pudesse me espelhar. Quando descobri a negritude de Chiquinha Gonzaga, isso despertou em mim um forte sentimento de pertencimento. Meu desejo é que, com este espetáculo, eu consiga inspirar novas gerações de pianistas, utilizando a música e a figura de Chiquinha como referência”, celebra a artista.

Sobre Chiquinha Gonzaga
Francisca Edwiges Neves Gonzaga foi pianista, maestra e compositora, uma das mais admiráveis artistas brasileiras, pioneira em assumir a música como profissão, num tempo onde mulheres eram restringidas ao trabalho doméstico. Também foi ativa nas causas da abolição e, segundo registro em suas biografias, a própria maestra comprou alforria de pessoas escravizadas com dinheiro que arrecadava da venda das partituras de suas composições.

Teve formação clássica em piano, mas em suas composições já integrava a corporeidade das celebrações populares: observam-se as células rítmicas do Maxixe, Umbigada e Lundus em suas composições, além de forte influência do Choro, gênero musical que nasceu na boemia carioca e cuja criação teve direta participação da maestra. Enriqueceu o patrimônio musical brasileiro em larga escala deixando diversas obras para piano, bandas e trilhas para teatro.

Sobre a Artista 
Raquel Paixão é pianista, atriz e professora com uma carreira que reflete seu compromisso com a música brasileira. Desde a infância, sua relação com o piano é marcada pela excelência. Aos 17 anos, conquistou o 1º lugar no Concurso Jovens Instrumentistas (Campos dos Goytacazes – RJ). Em 2019 e 2020, realizou recitais no Brasil e no exterior, dedicados ao repertório brasileiro para piano solo. Recentemente, recebeu o prêmio Urso de Prata, em Berlim, pelo curta “Manhã de Domingo”, no qual interpretou uma pianista.

Sua formação acadêmica inclui Bacharelado em Piano, Mestrado em Música e especialização em Pedagogia do Piano. Como educadora, destaca-se pela publicação da coletânea “Teclas Brasileiras”, uma contribuição ao repertório didático para pianistas em formação e à valorização de compositoras nacionais.

Sobre a Paragogí Cultural

Fundada por Rafael Lydio, produtor cultural com mais de uma década de experiência no mercado, a Paragogí Cultural é uma empresa que enxerga a cultura como uma ferramenta essencial para promover a inclusão e fortalecer a diversidade em todas as suas formas — racial, de gênero, religiosa e cultural. 

Nosso propósito é simples, mas poderoso: potencializar a cultura como agente de transformação social e igualdade de oportunidades. Acreditamos que inclusão é garantir o acesso igualitário a bens, serviços e experiências para todos, enquanto a diversidade é a celebração da multiplicidade de perspectivas, valores e identidades. 

A Paragogí Cultural atua no centro das questões sociais, criando ambientes onde pessoas de diferentes etnias, orientações sexuais, culturas e gêneros convivem de maneira respeitosa e enriquecedora. São essas interações que buscamos fortalecer e expandir por meio de nossos projetos, promovendo espaços de respeito, empatia e diálogo. 

Com uma abordagem inovadora e uma visão inclusiva, buscamos não apenas gerar impacto cultural, mas também contribuir ativamente para a construção de um mundo mais plural, acessível e justo. Acreditamos que a verdadeira transformação acontece quando as pessoas se sentem representadas, ouvidas e respeitadas em suas particularidades. É esse compromisso que nos impulsiona todos os dias. 

Ficha Técnica:

Idealização e interpretação: Raquel Paixão @_raquelpaixao
Direção cênica: Elisa Lucinda @elisalucinda
Direção musical: Maria Teresa Madeira @mtmadeira.piano
Direção de produção: Rafael Lydio @rafaellydio
Iluminação: Maurício Fuziyama @fuziyamauricio  e Rommel Equer @rommelequer
Som: Yuri Eiras @yurieiras
Coordenação de comunicação: Incerta
Projeto gráfico, fotografia e mídias sociais: Daniel Barboza @danielbarbozarj
Assistência de mídias sociais: Diogo Nunes @odiogonunes
Assessoria de imprensa: Alessandra Costa @aleassessoria
Coordenação administrativa e financeira: Carolina Villas Boas @carolinavillasboas | Clareira Cultural
Produção executiva: Ana Inacio @atena_zede
Figurino: Angela Brito @angelabritobrand | roupas e A-Aurora @aaurora | Sapatos
[MÚSICA E VÍDEOS] 
Estúdio: À La Bangu @alabangu_estudio

SERVIÇOS
Espetáculo Chiquinha Gonzaga: eu quero passar
30 de março, às 11 horas – Centro da Música Carioca Artur da Távola – Rua Conde de Bonfim, 824 – Tijuca, Rio de Janeiro
link de vendas: https://bit.ly/ingresso_chiquinhagonzaga

Angélica Zago

Assessora de Comunicação

Crédito Fotos. Daniel Barboza

**Proibida a reprodução das imagens sem autorização expressa do autor, conforme Lei 9.610 de Direitos de Autoria.**⁹

Chiquinha Gonzaga: I Want to Pass
An Unprecedented Theatrical Recital Showcasing the Revolutionary Journey of the Most Important Woman in Brazilian Music History, with a One-Time Performance in Tijuca

Inspired by the journey of one of the most significant figures in Brazilian music, the theatrical recital “Chiquinha Gonzaga: I Want to Pass” will be touring Sesc/RJ venues, with an additional performance at the Artur da Távola Carioca Music Center. This production is a tribute to the revolutionary musician who introduced the first Carnival march in Brazil. Starring Raquel Paixão, with stage direction by Elisa Lucinda and musical direction by Maria Teresa Madeira, the recital features an exclusive repertoire composed by Chiquinha Gonzaga, creating a sensitive dialogue between music and theater. Raquel Paixão portrays the character, revealing fascinating facts and decisive moments in Chiquinha’s feminist and abolitionist journey.
Throughout the recital, the audience is invited to revisit Chiquinha’s history, not only as a pioneering artist but also as a Black woman in a Brazil marked by social and racial challenges. The pianist shares her own experiences as a Black woman and artist, reflecting on the importance of highlighting these narratives within the context of classical music.
“Chiquinha Gonzaga’s music has always been present in my life. I have a classical music background, holding a bachelor’s degree, a master’s degree, and a specialization in piano. In this environment, I always had in mind songs like ‘Corta-Jaca,’ ‘Plangente,’ ‘Lua Branca,’ in addition to the Carnival march ‘Ô Abre Alas,’ which is deeply rooted in our cultural universe,” shares Raquel Paixão.
Stage director and multidisciplinary artist Elisa Lucinda emphasizes that the recital aims to promote access to the composer’s work and biography, exploring her musical repertoire and connecting it to different phases of her life. Additionally, the production delves into the social context of Rio de Janeiro at the time, analyzing the theatrical and musical works in which the composer participated as an author and collaborator.
“Brazil has not included in its collective imagination the image of Chiquinha Gonzaga as a Black woman and the fact that she was a feminist and a revolutionary. She was the daughter of a Black woman who had to secretly marry her father because he was a bourgeois and she was Black. These aspects have never been thoroughly addressed in past productions where she was not represented as a Black woman,” explains Elisa. “All women are heirs to the paths that Chiquinha Gonzaga paved. That’s why we are creating a theatrical recital that fulfills what I believe art should do: entertain, provoke thought, and educate.”
Musical director Maria Teresa Madeira praises Raquel Paixão, highlighting the pianist’s excellence in performance, research, and teaching, contributing to the dissemination of Brazilian music. “This project brings Francisca Edwiges Neves Gonzaga once again into the spotlight. This conductor, composer, pianist, arranger, and influential figure in Brazilian musical life addressed social issues that remain relevant today,” she affirms. “So, many cheers to this incredible project, which I am delighted to be part of, and which I am sure will shine an even brighter light on the life of this remarkable and inspiring figure, our Chiquinha Gonzaga.”
Raquel Paixão further reveals that she always knew Chiquinha Gonzaga was the first professional female musician in Brazil, at a time when piano studies for women were limited to domestic entertainment for family recreation. However, discovering that Chiquinha Gonzaga, like herself, had a Black mother, was a revelation that came later in life.
“As a Black pianist, I have always felt isolated in the classical music world, as there were few Black women I could look up to. When I learned about Chiquinha Gonzaga’s Black heritage, it awakened in me a deep sense of belonging. My goal with this show is to inspire new generations of pianists, using Chiquinha’s music and legacy as a reference,” celebrates the artist.
About Chiquinha Gonzaga Francisca Edwiges Neves Gonzaga was a pianist, conductor, and composer, one of the most admired artists in Brazilian history. She was a pioneer in pursuing music as a profession at a time when women were restricted to domestic roles. She was also an active abolitionist, and according to biographical records, she personally bought the freedom of enslaved people with the money she earned from selling her sheet music. Her classical piano training was infused with the vibrant essence of popular celebrations, incorporating rhythmic elements of Maxixe, Umbigada, and Lundus in her compositions. She was also heavily influenced by Choro, a genre born in Rio’s bohemian scene, in which she played a crucial role. Chiquinha Gonzaga significantly enriched Brazil’s musical heritage, leaving behind an extensive collection of compositions for piano, bands, and theater productions.
About the Artist Raquel Paixão is a pianist, actress, and professor whose career reflects her deep commitment to Brazilian music. Her relationship with the piano has been marked by excellence since childhood. At 17, she won first place in the Young Instrumentalists Competition in Campos dos Goytacazes, RJ. In 2019 and 2020, she performed recitals in Brazil and abroad, dedicated to Brazilian solo piano repertoire. Recently, she received the Silver Bear Award in Berlin for the short film “Manhã de Domingo”, in which she played a pianist. Her academic background includes a Bachelor’s in Piano, a Master’s in Music, and a specialization in Piano Pedagogy. As an educator, she stands out for publishing the “Teclas Brasileiras” collection, contributing to the didactic repertoire for pianists in training and promoting national composers.
About Paragogí Cultural Founded by Rafael Lydio, a cultural producer with over a decade of experience, Paragogí Cultural sees culture as an essential tool for promoting inclusion and strengthening diversity in all its forms—racial, gender, religious, and cultural.
Our purpose is simple yet powerful: to amplify culture as a means of social transformation and equal opportunity. We believe that inclusion means ensuring equal access to goods, services, and experiences for all, while diversity is the celebration of multiple perspectives, values, and identities.
Paragogí Cultural is at the forefront of social issues, creating spaces where people of different ethnicities, sexual orientations, cultures, and genders coexist in a respectful and enriching way. These interactions are what we aim to strengthen and expand through our projects, promoting environments of respect, empathy, and dialogue.
With an innovative approach and an inclusive vision, we strive not only to generate cultural impact but also to actively contribute to building a more plural, accessible, and just world. True transformation happens when people feel represented, heard, and respected in their uniqueness. This commitment drives us every day.
Technical Crew:
Concept and Performance: Raquel Paixão @_raquelpaixao
Stage Direction: Elisa Lucinda @elisalucinda
Musical Direction: Maria Teresa Madeira @mtmadeira.piano
Production Direction: Rafael Lydio @rafaellydio
Lighting: Maurício Fuziyama @fuziyamauricio and Rommel Equer @rommelequer
Sound: Yuri Eiras @yurieiras
Communication Coordination: Incerta
Graphic Design, Photography, and Social Media: Daniel Barboza @danielbarbozarj
Social Media Assistant: Diogo Nunes @odiogonunes
Press Officer: Alessandra Costa @aleassessoria
Administrative and Financial Coordination: Carolina Villas Boas @carolinavillasboas | Clareira Cultural
Executive Production: Ana Inacio @atena_zede
Costume Design: Angela Brito @angelabritobrand | A-Aurora @aaurora
SERVICESShow: Chiquinha Gonzaga: I Want to Pass March 30, at 11 AM – Artur da Távola Carioca Music Center – Rua Conde de Bonfim, 824 – Tijuca, Rio de Janeiro
Ticket link: https://bit.ly/ingresso_chiquinhagonzaga

Press Officer: Angélica Zago

Photo Credits: Daniel Barboza

Reproduction of images is prohibited without express authorization from the author, in accordance with Law 9.610 on Copyright.