ESPECIAL: Parabéns pelos seus 66 anos, GRES Unidos de Vila Isabel!
PARABÉNS PELO SEUS 66 ANOS, UNIDOS DE VILA ISABEL!
Hoje é um dia muito especial. Em 4 de abril de 1946 era fundada a querida Unidos de Vila Isabel. Para os que amam o Carnaval e as escolas de samba, a data é motivo para festas e homenagens, mas a comemoração, de fato, deve tocar um pouco do coração de cada brasileiro. Afinal, são 66 anos espalhando nossa cultura pelos quatro cantos do planeta.
Através da azul-e-branca, o mundo conheceu nomes como Carlos Machado, Luiz Peixoto, Nilton Santos, Oscar Niemeyer. Foi também a partir de seus carnavais que muitos viajaram a João Pessoa, a Parati, à Bahia. E mais. Com a Vila caímos na Kizomba, singramos mares bravios, reclamamos nossos direitos, exaltamos a latinidade, os trabalhadores do Brasil. Foram tantas as histórias contadas que fica difícil destacar algumas. Mas como não recordar o Carnaval de 1967, de ‘Carnaval de Ilusões’, quando Martinho da Vila emplacou sua primeira obra na agremiação que lhe rendeu um sobrenome?
Outros artistas, claro, muitos, são especialmente gratos à escola criada por Antônio Fernandes da Silveira, o Seu China, que inclusive aparece nos versos da bela letra de ‘Muito Prazer! Isabel de Bragança e Drumond Rosa da Silva, mas pode me chamar de Vila’. ‘Vou cantando/ Os meus encantos vou mostrar/ Muito prazer eu sou a musa, sou a fonte/ Deixa o meu feitiço te levar…’, assim começa o samba-enredo de 1994, uma verdadeira pérola cujo refrão rendeu uma importante citação ao poeta Noel Rosa.
Um dos que faz propagar seu amor incondicional a Unidos de Vila Isabel é Edson Cunha, responsável pela ala de passistas da agremiação: “A quadra da Vila é minha casa, é o espaço ideal pra que eu libere toda a minha tensão, onde me encontro com Deus.” O título de 2006, em especial, diz ainda, o marcou profundamente: “Trata-se do nosso primeiro campeonato na elite do Carnaval, após o rebaixamento. O enredo “Soy loco por tí, América: A Vila canta a latinidade” foi, pra mim, uma recompensa por muitos dias de luta”.
Há 5 anos reverenciando o símbolo maior da escola, o mestre-sala Julinho é outro que bate no peito e diz ‘Sou da Vila e não tem jeito’: “Essa escola me recebeu de braços abertos, sem nenhum preconceito. Só saio da Vila se ela não me quiser mais!”. Para ele, este último Carnaval marcará eternamente sua vida: “O desfile deste ano alcançou desde os jurados ao público, que se comoveu junto aos componentes. Não tenho palavras para descrever a emoção que senti ao presentear a Vila Isabel com as notas máximas em meu quesito”.
Já para o intérprete Tinga, voz oficial da Azul-e-branca de Noel há 10 anos, o Carnaval de 2004 é inesquecível. Na Vila desde criança, formado pela Herdeiros da Vila, ele também salienta sentir-se em casa e muito confortável ao defender as cores da escola: “Naquele ano voltamos ao Grupo Especial e também ganhei a oportunidade de ser o primeiro cantor da escola, uma felicidade impossível de ser medida”.
Membro da velha guarda desde 1990, Seu Aladir, agora presidente do segmento, se diz bastante orgulhoso de representar a Vila, à qual se refere simplesmente como “tudo na minha vida”. Para ele, a vitória de 1988 é um relevante momento na história do carnaval carioca: “Quem viu, viu, e sabe do que estou falando. Foi incrível, sem igual e sem ‘replay’. Por causa da chuva, não pudemos sequer nos reapresentar no Desfile das Campeãs. O inacreditável é assim mesmo, não acontece duas vezes”.
Eles, bem como os inúmeros admiradores da Vila Isabel, assim sendo, deverão agradecer a alegria de testemunhar e/ou participar destas tantas realizações hoje, às 18h. A missa em ação de graças será na Igreja de Nossa Senhora de Lourdes, no Boulevard 28 de Setembro, em Vila Isabel. Salve a Vila!