Feijoada no Acadêmicos da Abolição

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Abolição realizará feijoada para o lançamento do enredo, entrega da sinopse e apresentação da nova diretoria
 
O diretor de carnaval Jorge Ripper, o carnavalesco Márcio Puluker, e o Presidente Marcos Dentinho convidam toda comunidade da Acadêmicos da Abolição para sua tradicional feijoada no dia 13 de outubro de 2013 a partir das 13h na quadra da escola na Rua Teixeira de Azevedo, 73, Abolição, para a entrega da sinopse aos compositores e lançamento do enredo da escola para o carnaval 2014. A animação e o samba ficaram por conta do do Grupo Tipo Art que estará recebendo Bebeto Simpatia. O enredo ” BRILHANDO COM TODA RAÇA, ABOLIÇÃO AOS POVOS ABRAÇA”! dos carnavalescos  Marcio Puluker e Giovanni Targa. A Abolição será a terceira escola a desfilar na Passarela Popular da Intendente Magalhães, na segunda-feira de carnaval. Confira a sinopse: Enredo: ” BRILHANDO COM TODA RAÇA, ABOLIÇÃO AOS POVOS ABRAÇA”! A ORIGEM DAS RAÇAS – A LENDA COLOMBIANA Uma lenda colombiana conta que, no início do mundo, os seres humanos que povoavam a terra eram guerreiros negros que viviam numa tribo. Ao morrer, o curandeiro revelou ao seu povo que em uma região distante existia um pequeno rio encantado cujas águas eram formadas por leite, derramado das lágrimas dos deuses, que davam a quem nelas se banhasse o poder da imortalidade. Imediatamente a população tribal se dividiu e partiram quatro grupos em busca do regato mágico na esperança de obter a eternidade prometida. O primeiro grupo, o mais ansioso, encontrou o riacho e nele se banhou com vontade, logo percebendo que a sua pele negra perdera a cor, formando a raça branca. Horas depois, o segundo grupo consegue chegar ao leito do rio com as águas já um pouco descoloradas pelos guerreiros que antes nelas se lavaram. Eles também mergulharam na expectativa da vida eterna, mas logo perceberam que sua cor e suas feições mudaram, daí se formando a raça amarela oriental. Depois de muita procura, o terceiro grupo alcança o córrego já com pouca água devido aos banhos dos grupos anteriores e nele entram, mas não conseguem branquear-se totalmente devido à reduzida quantidade de água, ficando com a pele mais curtida, formando a raça indígena. O último grupo a encontrar o resquício do que era o rio só conseguiu molhar a planta dos pés e as palmas das mãos no filete de água descolorada que esvanecia rapidamente, formando, assim, a raça negra. Com o tempo, os novos indivíduos nascidos da ambição de possuir poderes inerentes aos deuses descobriram que a imortalidade estava na perpetuação da sua raça através de seus descendentes. A história da humanidade está centralizada principalmente no continente europeu, onde viveram os descendentes do primeiro grupo a se banhar no lendário rio de leite. Nesse período, o povo caucasiano adquiriu rapidamente riquezas e grande força bélica, partindo para conquistar outros continentes. A ambição de se expandir pelo mundo e aumentar o poderio econômico fez com que os brancos escravizassem outras raças nascidas daquela mesma fonte. Imponentes cidades foram arquitetadas com materiais preciosos trazidos de além-mar e à custa da dor e do suor dos escravizados em terras distantes. Questões sociais, filosóficas, econômicas, científicas e políticas da raça branca influenciaram e determinaram o futuro de muitas gerações de países distantes. O segundo grupo a desfrutar das águas de leite do regato maravilhoso instalou-se no Oriente. Mas, ainda que tenham construído reinos deslumbrantes de riqueza, e hoje também constituam um poderio econômico, os povos descendentes desenvolveram extremamente o pensamento relacionado à reflexão, ao sagrado e ao espírito. Para os povos amarelos cuidar da alma é tão ou mais importante que cuidar do corpo físico. Por isso, a predominância na cultura oriental de religiões milenares e de rituais em busca da elevação espiritual. O terceiro grupo a se banhar no rio preferiu a simplicidade da vida, embrenhando-se na natureza para viver em liberdade. Formaram tribos isoladas em áreas onde pudessem habitar em paz, sobrevivendo com os recursos que a terra lhes dava. Criaram suas próprias crenças e rituais, uma arte admirável e um modo de socialização baseada no companheirismo e nas tradições cunhadas nas aldeias. Até que os descendentes do primeiro grupo, a raça branca, apareceram para subjugá-los implacavelmente em nome da ambição e do poder. Muitos foram dizimados, sendo atualmente uma raça que luta para sobreviver num mundo civilizado, tecnológico e capitalista. O último grupo de guerreiros a alcançar a fonte quase seca, após banhar as plantas dos pés e mãos, decidiu voltar à antiga moradia onde hoje se localiza o continente africano. Ali formaram clássicas dinastias singulares que não se sobressaíram em liderança e poder como as da civilização criada pelos brancos. Esse fato acabou permitindo que seus descendentes também fossem subjugados e escravizados em função dos brancos europeus, que conquistavam mais e mais terras mundo afora. Arrancados à força para servir a terceiros em outras terras, esta raça, com sua força e suor, construiu cidades, movimentou a economia de nações e resistiu em outros lugares preservando suas raízes e seus costumes. Tão intensa foi essa resistência que as escolas de samba existentes são originárias da cultura de grupos de negros e do batuque africano, que se transformou no genuíno ritmo afrobrasileiro, o samba. Os primeiros agrupamentos de negros, no início do século passado, formaram as escolas de samba, as quais foram se democratizando e absorvendo todas as raças que hoje brincam e dançam nas pistas de desfiles em todo o mundo em pé de igualdade. A Acadêmicos da Abolição vem celebrar a união de todas as raças, passando a mensagem de que na folia não há preconceito. A Abolição nos une, não importando nossa procedência, convicções, formação cultural e cor de pele. O importante agora é abrir o coração para a alegria e os povos confraternizar, pois, mesmo com suas diferenças, a humanidade é uma só. 
 
Serviço: Feijoada da Abolição 
Atrações: Grupo Tipo Art e Bebeto Simpatia
 Entrega da Sinopse aos compositores e lançamento do enredo.
Apresentação da nova diretoria
Horário: 13h Ingresso: R$15,00 c/ feijoada 
A quadra fica na Rua Teixeira de Azevedo, 69 Abolição 
 
 


Departamento de Comunicação
Diretor de Carnaval
Jorge Ripper

Foto: Lúcia Mello (Divulgação)

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