Força-tarefa do Estado do RJ atua para conter derramamento de poluente no Sistema Imunana-Laranjal e restabelecer o abastecimento

Força-tarefa do Estado do RJ atua para conter derramamento de poluente no Sistema Imunana-Laranjal e restabelecer o abastecimento

160 mil litros de água contaminada com tolueno foram retirados do Rio Guapiaçu, em Guapimirim, nesta sexta-feira

A força-tarefa criada pelo Governo do Estado iniciou, na tarde desta sexta-feira, o trabalho de isolamento e sucção do composto químico tolueno no ponto do Sistema Imunana-Laranjal onde foi constatada a poluição do manancial. Até o fim do dia já haviam sido retirados 160 mil litros de água com o produto dos canais às margens do Rio Guapiaçu, em Guapimirim. A mobilização envolve as secretarias de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, da Polícia Civil, da Polícia Militar, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), a Cedae, a Petrobras e as concessionárias Águas do Brasil e Águas do Rio. 

Técnicos construíram uma nova barreira de contenção do tolueno em outro canal de acesso ao rio. Ontem, a primeira soleira instalada contribuiu para a redução do índice de poluição, mas não foi suficiente para conter todo o material. Toda a área atingida pelo material foi isolada e o monitoramento do entorno foi intensificado. Os exames realizados pelo Laboratório Biológico de Rastreamento Ambiental (Libra) a cada uma hora, desde que foi constatada a contaminação – às 5h59 da quarta-feira, 03/04 – ainda não permitiram a volta da operação da Estação de Tratamento de Água (ETA) Imunana-Laranjal. 

– Nosso objetivo principal é que o abastecimento seja normalizado e a população possa voltar a sua rotina. O Governo do Estado tem feito todos os esforços para solucionar o problema da contaminação o quanto antes – afirmou o secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, Bernardo Rossi. 

Os níveis de tolueno foram reduzidos de 59 para 32 microgramas/l, mas as medições têm tido valores variáveis ao longo do dia. A resolução Conama 357 permite 2 microgramas/l e a Portaria de Potabilidade 888 permite 30 microgramas/l. A Cedae só poderá reabrir a captação quando a água estiver totalmente adequada para consumo humano. 

A atuação da força-tarefa foi definida em reunião realizada nesta sexta-feira, com participação das secretarias de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, da Polícia Civil, da Polícia Militar, o  Instituto Estadual do Ambiente (Inea), a Cedae, a Petrobras e as concessionárias Águas do Brasil e Águas do Rio.

Outras medidas adotadas são uso do carvão para diminuir de forma significativa a incidência do poluente na água, implementação de boias para obstrução de pontos estratégicos. Os trabalhos continuarão neste sábado.

União de forças para descontaminação

Na reunião da força-tarefa foi estabelecido que Inea, Cedae e Petrobras cederiam maquinário para realizar a sucção do poluente que está contaminando a água dos rios. A Petrobras e a Transpetro disponibilizaram equipamentos como barreiras de contenção, recolhedores de oleofílico e vertedouro e mantas absorventes. O secretário Bernardo Rossi ressaltou a importância da revisão das licenças de utilização de tolueno, assim como a identificação da responsabilidade sobre o terreno no entorno do rio, em Guapimirim. 

A Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) realizou diligências para apurar mais informações sobre a contaminação no sistema. Os agentes estiveram no município de Guapimirim, onde foi feita fiscalização e coleta de material, que será analisado. O trabalho contou com o apoio de agentes da  Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD) e de peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE).

Fotos: Divulgação Gov-RJ

Proibido a reprodução das imagens sem autorização expressa do autor Lei 9610 de Direito Autoria

Deixe um comentário