“GAIVOTAS” HOMENAGEIA O DRAMATURGO ANTON TCHÉKHOV COM REFLEXÕES SOBRE AS RELAÇÕES HUMANAS
“GAIVOTAS” HOMENAGEIA O DRAMATURGO ANTON TCHÉKHOV COM REFLEXÕES SOBRE AS RELAÇÕES HUMANAS
A peça – que foi encenada virtualmente durante a pandemia fica em cartaz até o dia 28 de agosto
A peça “Gaivotas”, projeto idealizado pela atriz e produtora Bibiana Rozenbaum e pelo diretor Fernando Philbert, homenageia os 125 anos da primeira encenação de “A gaivota”, obra-prima do dramaturgo russo Anton Tchékhov. Depois de temporada virtual durante o auge da pandemia, o espetáculo estreou no Teatro Poeirinha, em Botafogo, no dia 30 de junho, para uma temporada até 28 de agosto, com sessões às 21h, de quinta a sábado, e às 19h aos domingos. No elenco, estão a própria Bibiana Rozenbaum, Sávio Moll e Antonio Gonzalez.
“Desde a primeira leitura, eu me senti inspirada por Nina, uma mulher que não tem medo de enfrentar preconceitos para alcançar seus sonhos. Ela não tem medo de errar. Apaixonei-me pelo texto porque ele é atemporal. Essa é a quarta peça do autor Matéi Visniec levada aos palcos pelo experiente diretor Fernando Philbert, que idealizou o projeto junto comigo. A arte é uma ferramenta terapêutica que ajuda no enfrentamento das angústias e dilemas cotidianos. Por isso ela é tão necessária.”, destaca Bibiana Rozembaum.
A montagem de “Gaivotas”, um drama poético sobre relacionamentos, inspira-se no texto “Nina ou da fragilidade das gaivotas empalhadas”, do romeno naturalizado francês Matéi Visniec, um dos dramaturgos contemporâneos mais encenados no mundo e que propôs o reencontro do trio protagonista 15 anos depois. Para isso, mudou o desfecho da peça de Tchékhov, tornando fracassada a tentativa de suicídio do personagem Konstantin. Já “Gaivotas” adapta a obra de Visniec ao trazer falas do original de Tchékhov, um pequeno texto de Domingos Oliveira e um trecho de uma entrevista do autor romeno sobre a democracia. Nada mais atual!
No texto de Matéi Visniec – “Nina ou da fragilidade das gaivotas empalhadas” –, o personagem Konstantin, que havia se suicidado na obra de Tchékhov, reaparece. Ele, Nina e Boris reencontram-se 15 anos depois do desfecho da peça “A gaivota”. Mais maduros e amargurados pelo tempo, precisam lidar com as pontas soltas deixadas pelas decisões que tomaram ao longo de suas vidas. “Gaivotas”, traz uma mensagem de esperança e superação. As personagens são como gaivotas, mortas e empalhadas nas lembranças do passado, mas nada impede que, no universo de Visniec, elas possam ter uma nova chance.
“Três temas atravessam a peça: a revolução, a busca por si mesmo e a vocação. A vida sempre dá para uma peça de teatro e vice versa”, finaliza o diretor Fernando Philbert.
Sinopse
Nina representa a mulher que enfrenta a sociedade em busca de sua realização pessoal. Ela não se envergonha em questionar as próprias escolhas. “Gaivotas” põe um foco de luz na complexidade das relações humanas.
Bibiana Rozenbaum – atriz, produtora e idealizadora do espetáculo
Bibiana é atriz, jornalista, advogada, produtora cultural e idealizadora do projeto. No teatro, atuou na peça “Quanto você calça?”, direção de Susanna Kruger. No cinema, participou dos filmes “Tiradentes”, direção de Oswaldo Caldeira; “A flor da gigoia”, direção de Ivo Schergl Jr; e do curta “Conversas que acontecem”, direção de Gustavo Vilela e André Régnier. Na TV, participou das séries “Passaporte para Liberdade”, direção de Jayme Monjardim; “O quinto dos infernos”, direção de Wolf Maya; e da novela “Uga Uga”, direção de Wolf Maya.
Fernando Philbert – diretor, adaptador e idealizador do espetáculo
iniciou sua carreira como diretor assistente de Gilberto Gawronski, Domingos Oliveira e, a partir de 2008, com o diretor Aderbal Freire Filho, de quem foi assistente em mais de quinze peças, entre elas Hamlet com Wagner Moura, A Ordem do Mundo com Drica Moraes, Incêndios com Marieta Severo, Macbeth com Renata Sorrah e Daniel Dantas, entre outras. Assinou a co-direção de O Topo da Montanha com Lázaro Ramos e Thaís Araújo. Como Diretor assinou O Escândalo Felipe Dussaert, com Marcos Caruso, vencedor de todos os prêmios de melhor ator no Rio de Janeiro em 2016. Em 2017 dirigiu Contos Negreiros do Brasil, espetáculo de grande repercussão, ainda em circulação. Em 2018 dirigiu Louise Cardoso em O Que é Que Ele Tem, baseado no livro homônimo de Olivia Byinton. Em 2019 dirigiu Kiko Mascarenhas em Todas as Coisas Maravilhosas, indicado aos Prêmios Shell categorias Direção e Ator; Pedro Paulo Rangel em O Ator e o Lobo; Cássio Reis e Carla Diaz em Em casa a gente conversa; Thelmo Fernandes em Diário do Farol – Uma Peça sobre a Maldade, indicado ao Prêmio Cesgranrio categorias Melhor Ator e Melhor Espetáculo e Parabéns Senhor Presidente, com Danielle Winits e Christine Fernandes, em circulação pelo Brasil.
Sávio Moll – Ator
Além de ator, é apresentador e professor de artes cênicas. Os principais trabalhos em teatro foram as peças As centenárias, O púcaro búlgaro e O que diz Molero, todas dirigidas por Aderbal Freire Filho, A santa Joana do Matadouros, dirigida por Marina Vianna e Diogo Liberano, A incrível confeitaria do sr. Pelica, A outra cidade e O condomínio, dirigidas por Pedro Brício, A arte da comédia e Esse vazio, dirigidas por Sérgio Modena, O princípio de Arquimedes, dirigida por Daniel Dias da Silva e O círculo da Transformação em espelho, dirigida por Cesar Augusto. Atuou durante 14 anos como palhaço em hospitais nos Doutores da Alegria e Projeto Clownspital. É apresentador de programas no Canal Futura e Multirio. Atualmente, integra o elenco do programa Detetives do Prédio Azul, do Canal Gloob, tendo participado dos três longas-metragens da série.
Antonio Gonzalez – ator
Formado pela Unirio, e tendo trabalhado com grandes diretores de teatro, entre eles Luis de Lima, Celso Nunes, João das Neves, Aderbal Freire Filhoe Domingos Oliveira, destaca-se entre seus trabalhos em teatro “No Verão de 96” – Dir. Aderbal Freire Filho – 1996 “Fábrica de Dramaturgia”. Dir. Domingos Oliveira – 1998 / “O Avarento” de Moliere. Dir. de João Bithencourt – 2000 / “Mais que Imperfeito” de Marcelo R. Paiva – Dir. Rafael Ponzi – 2001 / “Polaróides Explícitas” de Mark Ravenhill – Dir. Ary Coslov – 2002 / “O Último Lutador” de Marcos Nauer – Dir. Sergio Modena – 2016/17 / “Vianinha conta o último combate do homem comum” De Oduvaldo Vianna Fillho – Dir. Aderbal freire filho – 2017 / “A Peça do casamento”, de Edward Albee, direção de Guilherme Weber – 2018/19/20
Ficha técnica
Adaptação da obra de Matéi Visniec
Direção e adaptação – Fernando Philbert
Com Bibiana Rozenbaum, Sávio Moll e Antonio Gonzalez
Direção de movimento – Marina Salomon
Direção musical – Marcelo Alonso Neves
Iluminação – Vilmar Olos
Cenário – Natália Lana
Figurino – Marieta Spada
Visagismo – Mayco Soares
Cenotécnico – André Salles
Comunicação visual – Barbara Lana
Assessoria de imprensa – Alessandra Costa
Direção de produção – Júnior Godim e Bibiana Rozenbaum
Idealização – Bibiana Rozenbaum e Fernando Philbert
Serviço
“Gaivotas”
Temporada de 30 de junho a 28 de agosto
Local: Teatro Poeirinha
Endereço: rua São João Batista 104, Botafogo
Sessões: de quinta a sábado, às 21h; e às 19h, aos domingos
Ingressos: R$ 50 (inteira) e R$ 25 (meia)
Indicação etária: 14 anos
Angélica Zago
Diretora Executiva