Uncategorized Império Serrano apresenta sinopse do enredo para o Carnaval 2024 sambazayres 19 de julho de 2023 Império Serrano apresenta sinopse do enredo para o Carnaval 2024Com a presença dos compositores, o texto de “Ilú-ọba Ọ̀yọ́: a gira dos ancestrais” foi explicado ponto a pontoNa noite desta terça-feira, 18, o Império Serrano apresentou a sinopse do enredo “Ilú-ọba Ọ̀yọ́: a gira dos ancestrais”, de autoria do carnavalesco Alex de Souza. O encontro aconteceu na quadra da escola, em Madureira, e reuniu diversos compositores.Em 2024, a escola da Serrinha busca o retorno ao Grupo Especial exaltando os orixás em forma de xirê, mostrando suas importâncias para determinadas localizações do antigo Império de Oyó, na África Ocidental.Conheça a sinopse do Império Serrano para o Carnaval 2024:Ilú-ọba Ọ̀yọ́: a gira dos ancestraisSinopseÒrun e Àiyé. Céu e Terra. Lugares onde homens livres e divindades conviviam em harmonia, circulando, nos mesmos universos, dividindo suas existências.Um dia, um homem tocou o Òrun e maculou o Céu dos Orixás. Irado com o descuido dos mortais, Olorum, criador do Universo, separou Céu e a Terra com um sopro e dividiu, para sempre, os dois mundos.Os Orixás ficaram isolados e se entristeceram. O Deus maior, Olodumaré, então, consentiu que retornassem à Terra, mas somente se incorporados nos humanos preparados para esse fim. Ordenou que Oxum cuidasse para que eles recebessem os Orixás. E assim foi feito.Com oferendas, os homens convidaram os Orixás a voltarem à Terra. Tocaram tambores, batás, xequerês, agogôs e adjás. Cantaram e bateram palmas para receber suas divindades, que felizes, religaram o Òrun ao Àiyé.O tempo passou e, em seu horizonte infinito, o continente africano presenciou muitos amanheceres. Mas também foi testemunha, da triste partida de navios tumbeiros, na corrente que levou homens e mulheres da Costa da Mina – região habitada pelos povos de Ifé, Oyó, Owu, Daomé e Ila, entre outros – para a escravidão no Brasil.Em meio à brutalidade enfrentada no novo mundo, iniciou-se o processo de resistência negra, movimento que se deu de várias formas. Uma delas foi a rica herança espalhada em terras brasileiras pela oralidade de nossos ancestrais. O culto aos Orixás reapareceu e se fortaleceu na Bahia. E foi na Gira dos deuses que a união entre homens e Orixás renasceu e foi ressignificada em forma de Candomblé.Como em todo ritual, o Xirê também respeita uma ordem. Inicialmente, convoca-se Exú, o mensageiro. É a Ele que se pede licença para a Gira começar.Tem Gira no Terreiro!O templo religioso é o local onde toda a ancestralidade africana é revivida. Onde os Orixás reencontram seus filhos, descendentes de todos os reinos que, um dia, formaram o grande Império de Ilú-Obá Oyó na África Ocidental. É na Gira que as divindades se manifestam.A Gira vai começar. O tambor é tocado para que os Deuses Supremos do Candomblé sejam invocados. Um a um, na ordem a ser respeitada, os iniciados, em transe, entram na roda. Para cada Orixá, uma cor, um toque, uma dança, uma música, uma saudação…Ògún ieé, meu Pai OGUM (Ògún), Senhor dos caminhos;Okê Arô, OXOSSI (Òsóòsì), Rei da mata;Atotô Ajuberô, OBALUAYÊ (Obalúaiyé), divindade da saúde e da cura;Ewé Ó, OSSAIM (Òsanyìn), sacerdote das folhas;Arroboboi OXUMARÊ (Òsùmàrè)”, Deus do arco-íris, símbolo da continuidade;Kawó Kabiesilé!, XANGÔ (Sàngó), Deus da Justiça;Ora yê yê ô!, OXUM (Òsun), Soberana das águas doces;Obà Siré, OBÁ (Obà) Guerreira e protetora;Eparrei!, OIÁ IANSÃ(Oya Iyà Yánsàn), Senhora dos ventos e tempestades;Logun ô akofá! LOGUN EDÉ (Lógunède), Orixá da riqueza e da fartura;Ri Ro Ewá! EWÁ (Yewa), Deusa da intuição e da vidência;NANÃ (Nàná), Saluba, Vovó! Senhora da criação;Erù-Iyá, Odó-Iyá, IEMANJÁ (Yemoja), Senhora de todas as águas;Epa Bàbá, OXALÁ (Òrìsàlufan) Senhor da criação.Gira completa. Orixás saudados. A festa vai encerrar. Fecha um ciclo para outro começar. Pedimos proteção e justiça.De Ilú-Obá Oyó à Serrinha, Impérios ligados por laços ancestrais. Bênçãos para o nosso Império Serrano, lugar de luta e de fé. De quem pode perder uma batalha, mas não perde a guerra.Cujos domínios estão no samba de raiz.Da força que vem de seus fundadores, imortalizados no panteão do carnaval.Salve Vovó Maria Joanna, Tia Ira benzedeira, Dona Eva, Elói Antero Dias, o Mano Elói.Salve o Santo Guerreiro, nosso padroeiro.Salve o Império Serrano.Salve a Gira dos ancestrais!Axé!Carnavalesco: Alex de SouzaColaborador: Paulo Cesar BarrosFotos: Luis Miguel FerreiraEmerson PereiraAssessoria de Imprensa – Império Serrano