Império Serrano lança projeto pioneiro na escola “Império Passistas do Futuro”
Império Serrano lança projeto pioneiro na escola “Império Passistas do Futuro”
Nilce Fran, da Portela, ensina a crianças e adolescentes a arte da dança do samba
A família G.R.E.S. Império Serrano convida crianças e adolescentes de comunidades locais e adjacentes, de 6 a 18 anos, para assistir à aula inaugural do projeto “Império Passistas do Futuro”, nesta sexta-feira (29/06). O projeto será coordenado pela bailarina e passista Nilce Fran, da Portela, na quadra da verde e branco de Madureira, na Avenida Ministro Edgard Romero, 114, das 19h às 21h. Ela não assume a ala de passista da escola da Serrinha, apenas coordenará o projeto, pioneiro na agremiação, em atendimento ao convite do presidente do Império Serrano, Átila Gomes.
As inscrições começaram na sexta-feira passada (22/06), mas ainda há vagas para ambos os sexos. Os interessados devem comparecer à quadra nesta sexta, munidos da cópia da identidade do responsável, certidão de nascimento, comprovante de residência e de escolaridade e atestado médico. O projeto gratuito atenderá a 200 participantes, entre crianças e adolescentes.
Com 39 anos de avenida e 30 deles como passista, Nilce trabalha em projetos que ensinam a arte da dança do samba há mais de 11 anos. No currículo, ela assina os projetos Primeiro Passo, Oficina de Passistas e Espaço da Dança, apoiado pela Faetec. Nilce diz que a duração do curso mínima é de um ano, para preparar um passista. Porém, ressalta que o resultado depende do desempenho do aluno. As aulas serão ministradas por Nilce Fran com Valci Pelé, através do sistema de módulos.
– O curso será pautado na arte da dança do samba, onde ensinaremos os alunos não só a sambar, mas como ter postura, elegância, graciosidade, como entrar e sair da avenida e do palco. O curso é completo, não formando apenas passistas, mas profissionais de dança, que podem usar sua habilidade não só na avenida, mas também em outras apresentações – explica Nilce Fran, que encara o samba como atividade profissional.
Nilce lembra que vem da época que não existia a ala de passistas nas escolas de samba, existiam grupos de passistas espalhados pela avenida. Para ela, a profissionalização do passista, como integrante de um segmento específico, a ala dos passistas, embora não contem ponto na avenida, quando não bem preparado, tira pontos da agremiação no conjunto.
– Venho de uma época que o passista era execrado no samba. Hoje, as escolas encaram os passistas como artistas fundamentais para o bom desempenho da escola na avenida. Daí a importância de profissionalizarmos esses artistas da arte do samba, com didática bem direcionada. Não existe pessoa que não consegue samba, existe gente que ainda não descobriu seu potencial. Isso conseguimos despertar no curso! – conclui Nilce.
Crétido da foto: Ricardo Almeida