Instituto Seu Nenê valoriza ações de cidadania através de seu legado.

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Herdeiros do samba paulistano e netos de seu Nenê de Vila Matilde investem forte em obras sociais, através do legado de seu avô e do pai Alberto Alves, ex-presidente do Grêmio.

É quase Impossível falar do samba paulistano sem falar em seu Nenê e mais, falar do samba nacional sem falar na família Alberto Alves que é um dos orgulhos do samba brasileiro.

Iniciamos uma entrevista pra lá de especial, com Dom Mariano, respeitado Relações Públicas e um dos colaboradores desse projeto.

Dom Mariano acredita que somos sempre guiados e abençoados pelos baluartes.

 “ – Somos conduzidos pelo  Seu Nenê e por Betinho”. Afirma.

E diz, às vezes bruscamente: “ – Aqui a estrela é Seu Nenê, somos só instrumentos usados por eles”, afirma.

Cheio de crenças e simbologias, Dom Mariano, sempre estrategista, é fluente em sete idiomas e gerente hoje da rede de hotéis Gregos e Cipriote,  Louis Cruises e atual Celestyal Cruises . Dom prefere não falar da vida dele que é cheia de experiências e aventuras frutíferas. Aos 17 anos foi morar na Alemanha, logo depois Londres, Bélgica e atualmente na Cidade de Athenas, na Grécia, onde trabalha em holding hoteleira.

Mudando de assunto, facilmente passando da Abolição da Escravatura à Teoria de Darwin, conta ele sobre a capacidade humana e logo corta o assunto: “ – Aqui as estrelas são Seu Nenê e o Betinho,  nossos verdadeiros baluartes que merecem respeito. Estamos falando sobre uma maravilhosa obra e não a nossa, pois não fazemos nada se não compartilharmos os ensinamentos de nossos mestres.”

Dom Mariano é muito reservado, não gosta de aparecer e misturar o Grêmio (escola de samba) com o Instituto. São coisas distintas. Friamente bate o pé e retoma a conversa voltada ao social.

“ – Embora a história seja da escola, hoje estamos dando um salto maior. Trabalhamos no social esquecido pelos nossos líderes (governo). Aqui não falamos, fazemos. Falar é fácil, realizar é difícil,  mas não pra nós que temos exemplos de nossos pais e nossa ancestralidade.”

Ansioso e enfático diz: “ – Vamos começar a falar dos nossos objetivos e valores, e deixar o estrelismo e o ego de fora. Cancelei todas as minhas viagens e trabalhos para o intuito da obra de Seu Nenê”. E finaliza: “ – ufa!  agora  sim, falaremos do Instituto.”

“ – Fora nosso mentores  contamos com nossa matriarca e viúva Dona Iracema Alves, a qual cede a própria casa na Zona Leste de São Paulo para nossas reuniões.”

Dom Mariano afirma: “–  Aqui nada passa sem a aprovação da matriarca.” Todos olham para ele e concordam.

“- Os idosos sempre tem razão e são os mais experientes, então as últimas palavras vem dela.

– Todos aqui tem funções e todos tem potencial, e vamos trabalhar em equipe, team working. Trabalho em equipe e cada um respeitando a opinião do próximo.

O Instituto Seu Nenê não faz parte da agremiação, caminhamos com nossos valores éticos e morais, embora o patriarca tenha escrito a história dele lá, não podemos misturar as coisas”, esclarece.

Alberto Alves Neto  e  Carlos Alberto, netos de Seu Nenê  têm como função desenvolver os  projetos e ações sociais. Contam com a dedicação de Dom Mariano,  que tem muita experiência no assunto. Esta fusão de experiência e inovação tem rendido frutos .

“ – Nunca falamos onde vamos agir porque acredito que Deus nos guia a cada dia e minuto.

A capacidade desses dois irmãos é muito mais que a expectativa, pois eles vivem o cotidiano, conhecem a comunidade, são parte dela e sabem onde aplicar as ações.

– Embora vivamos em uma área carente, as ações não visam publicidade. Passamos pela cidade e nos comunicamos via celular. Entramos num consenso.  Seja entrega de alimentos, sopão, agasalhos ou até mesmo ajuda psicológica em caso de trauma familiar, ou ainda conselho no âmbito jurídico com a Doutora Rose.

– Nenhum de nós se perde na lei. A Doutora nos dá o suporte legal e nos orienta, que é o papel dela na obra.”

Dom Mariano é muito perfeccionista, acorda às 6h da manhã e já começa a ler jornais online, assiste o noticiário para manter todos informados  e quando todos pensam que vão dormir, ele começa a  chamar o grupo pelo chat e falar sobre as ações do dia. Se em cinco minutos não responderem, ele desesperado começa a ligar para todos, um a um passando as ações  e o que está acontecendo na cidade, e diz: “- vamos fazer a diferença, não é só um Instituto e uma história, é um legado a ser  honrado e contado, a fim de ser um exemplo para todos.”

Fora toda essa loucura, ele não fica um dia sequer sem pedir sabedoria e a benção aos patriarcas e aos netos. “ – São três irmãos que a vida me trouxe.”

Na casa da matriarca se sente em sua zona de conforto. Conversas cotidianas são abordadas e logo definidas de forma muito rápida. Define-se um projeto, sempre com a autorizacão da família Alberto Alves e logo passa às mãos do designer gráfico Mateus Silva, à fim de alinhar as criações. Contando também com parcerias como a escola de surf na Rocinha, onde Dom Mariano é padrinho, e o grupo de artes.

Um parceiro muito importante é o coreógrafo da “Dança dos Famosos” Deny Ronaldo, que carinhosamente encontra espaço em sua agenda para ser voluntário neste projeto.

“ – Embarcou conosco neste sonho e leva arte àqueles que não têm acesso a ela.”

Os valores envolvidos no custo de tudo isso são financiados por todos. É um grande projeto sem  fins lucrativos, são todos voluntários.

 “– Nossa missão é fomentar  a cultura popular através do Instituto, contando com cursos preparatórios a fim de ingressar no mercado de trabalho. Atividades de expressões artísticas que serão ministradas o ano inteiro, juntamente com ações sociais paralelas.”

“ – Todos abraçaram a causa sem ambições, com toda simplicidade. Se preciso for, deixamos de comer um prato feito  e comemos  um pão com ovo, e já está ótimo! O importante é que a obra não pare, pois não temos ajuda externa. Mas é assim mesmo.  Obra social ou não, nem brindes quero vender.  Vamos usar nosso dinheiro com sabedoria e engrossar o trabalho colocando ordem na casa.”

“- Nossos agradecimentos ao Seu Nenê e ao Betinho (in memorian), que nos permitem contar a história deles através de seu legado. Entendemos que, com as obras, somos só instrumentos e não fazemos nada que não seja nossa obrigação de cidadãos, finaliza Dom Mariano.

 

 

 



Lia Amorelli –

Divulgação e Imprensa

Instituto Seu Nenê


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