Leão de Nova Iguaçu sinopse do enredo e regulamento da disputa de samba para 2023
Orlando Orfei – O Circo que vive em mim
“Que fascínio ver os palhaços por mim, criança. Adulto permaneço ainda fascinado por aquele humor, simples, absurdo.”
Orlando Orfei
O Circo chegou!
Hoje tem Espetáculo?
Tem, sim senhor!
Acende-se uma luz no centro do picadeiro!
Uma voz com sotaque Italiano ecoa por toda a lona, arrepiando a multidão sentada em arquibancadas de madeira, o cheiro de serragem se mistura com o da pipoca e algodão doce.
Respeitável Público!
O show vai começar!
O Circo Orlando Orfei tem o prazer de apresentar nessa noite o espetáculo;
“Orlando Orfei – O Circo que vive em mim”
Venha embarcar com o Leão nessa viagem, que te levará a um mundo mágico de sonhos e fantasias, onde a alegria é o guia do espetáculo da vida.
As luzes mudam de cor, a orquestra toca os primeiros acordes que darão início a cena.
Rufam os tambores!
Uns balet de personagens encantados circundam a arena.
O homenageado está no centro. Sim é ele!
O senhor Orfei, apaixonado, apresenta a elegante amazona que surge lindamente em um vestido de veludo sobre um cavalo andaluz.
Ele a admira, o nome dela? Herta, o grande amor de sua vida.
Uma vida de lutas, vitórias, perdas e muita superação.
Orlando tinha o poder de renascer como uma fênix.
Domar feras era o seu ofício e assim foi por toda a sua vida…
Através das dificuldades, soube com maestria priorizar tudo e todos ao seu redor.
O Circo das águas dançantes e seus muitos personagens o ensinaram a trilhar um caminho de amor, união e dignidade.
Como palhaço aprendeu a sorrir, mesmo enfrentando os piores desafios que a vida lhe proporcionou.
No voo dos trapezistas, aprendeu que na vida é necessário dar o salto correto, para não despencar das alturas e torcer, para que a rede esteja montada na hora certa para lhe segurar.
A compenetração do equilibrista, ensinou a não se precipitar, olhar bem onde iria colocar os seus pés, para não dar passos errados e manter-se seguro, mesmo que a corda estivesse bamba.
Os malabaristas o ensinaram a manipular com sabedoria as oportunidades da vida e o foco no olhar para não deixar a peteca cair.
Dos contorcionistas os ensinamentos e habilidades de passar pelos problemas por mais estreitos que pudessem parecer.
E foi com os mágicos que aprendeu a ocultar as peças chaves para o seu crescimento, e só tirar da cartola os seus sonhos, quando estivessem prontos para serem revelados.
Como num passe de mágica!
Sua família, seus artistas, seus funcionários e amigos eram suas maiores inspirações diárias, para seguir em frente e manter a lona armada.
E as feras?
Se para muitos pareciam perigosas, para Orlando a empatia era total.
Ele entendia a morfologia da palavra “domador” – do LATIM domus que significa casa.
Assim, fazia com que seus animais se sentissem em seu próprio habitat, cercado de amor e carinho.
Orlando foi atacado!
Não por seus felinos, mas por outras feras.
Homens que o perseguiram acusando-o de manter animais em cativeiro e usá-los para ganhar dinheiro.
Foi difícil ser atacado por aqueles, que não sabiam que muita das vezes faltou-lhe dinheiro para honrar com seus compromissos, mas nunca para saciar a fome de seus animais.
Mas o show tinha que continuar…
E como bom circense, trazia sempre uma carta na manga.
Quando tudo parecia sombrio, Orlando surge com um gigantesco parque de diversões levando alegria a milhares de pessoas.
Você lembra do Tivoli Park da Lagoa?
Foi criado por ele e fez parte da vida de muitos cariocas e, durante anos, manteve viva a infância dentro de milhares de pessoas.
O homem do circo vivo era o “Rei da Alegria”, sua paixão era colorir a vida das pessoas.
Orlando escolheu a cidade de Nova Iguaçu para viver o resto de sua vida. Recebeu o título de cidadão Iguaçuano e hoje a cidade o abraça, nessa linda e justa homenagem.
O Circo que habitou em seu coração durante décadas ficou marcado na memória de todo carioca.
Orfei foi extremamente importante para as transformações que o Circo sofreu ao longo de sua história.
Sua paixão mantém até hoje acessa a chama de todos aqueles apaixonados que carregam o Circo no coração.
O Circo que vive em mim, vive em você e em todos aqueles que trazem dentro de si a sua eterna criança.
Uma vez perguntado;
O que você faria se o Circo não existisse?
Ele respondeu;
Eu Inventaria o Circo!”
“Sinos! Parai, sinos!
Um palhaço morre!
E vós, não chorais!
Seja o sorriso, o choro,
Pela a morte de um palhaço
Ouves estes sons de querubins?
O paraíso está em festa:
E o mundo perdeu um amigo!”
Viva o Circo Brasileiro!
Obrigado
Orlando Orfei.
Julho de 2022
Cahe Rodrigues e Lucas Pinto
Carnavalescos
Alex Sandro Gardel
ASCOM Leão de Nova Iguaçu