MC LEKÃO
Papel social do funk
“O funk é uma forma de se expressar. Quando surgiu nos anos 90, com força total, mudou a vida de muitas pessoas da favela”, diz Lekão. “O funk tirou o jovem de uma vida muito pior que ele poderia ter tido”, ele acrescenta. Eu mesmo quase fui para o caminho errado, mais a vontade de cantar falou mais alto.
Funk antigo x funk atual
“Do início do funk pra hoje piorou a qualidade das letras”, critica o MC. “Mas hoje tem uma produção melhor, muito mais tecnologia”, ele ressalta.
Funk melody
Lekão é considerado por muitos um dos representante do funk melody no Brasil, estilo que conta com músicas e letras mais românticas e leves. “Na época que eu comecei era muita gente falando sobre as comunidades, e ninguém falava de amor. Aí eu quis fazer um funk diferente e pegou”, Lekão conta ao portal. “São músicas que entram na casa das pessoas e não as agridem”, ele afirma.
Funk carioca x funk de outros estados
“Tem muita gente boa fora do Rio, mas aqui começou tudo, é referência, o berço do funk”, exalta o MC.
Preconceito
Por muito tempo o preconceito contra funkeiros era visível na sociedade. De acordo com Lekão, hoje a situação é outra. “Hoje não tem mais preconceito, as pessoas não olham para um funkeiro e pensam que ele é marginal”, garante o autor de “Intimidade”. “O preconceito existia em uma época, mas hoje todo mundo é funkeiro e bate no peito. O funk invadiu as boates. Se você for no Barra Music,São Nunca, tem uma mistura de classes sociais”, ressalta o MC.
Proibidões
O proibidão, subgênero do funk que surgiu na década de 90, exalta a violência e o tráfico de drogas, sendo pouco divulgado fora das favelas. Sobre isto, Lekão afirma: “Os proibidões diminuíram bastante, as pessoas viram que o caminho certo não era esse, é um caminho pro Naldo, Buchecha, Hawaianos”. Ele alerta, também, para o papel que o funk possui na formação dos mais novos. “Tem que ter um cuidado maior com os jovens e crianças, procurar lançar uma mensagem positiva”, diz Lekão
Divulgação