Mocidade Independente – Rômulo Ramos – Harmonia Independente

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Com harmonia ‘humanizada’, Rômulo Ramos se destaca na Mocidade
 
 
Como gostam de dizer os pragmáticos: ‘’os números não mentem’’. Mas o histórico do trabalho de Rômulo Ramos na Mocidade Independente vai muito além do pragmatismo que, muitas vezes, a analise fria das notas traduz. Além de ter um ótimo retrospecto nos quesitos que lhe dizem respeito, Rômulo vem agradando em cheio o componente independente com uma direção de harmonia e carnaval voltada para o lado humano das relações. Na Mocidade, nada de gritaria, xingamentos e distanciamento entre a Harmonia e os desfilantes.
 
O mais curioso é que a origem profissional de Rômulo vai totalmente de encontro ao diálogo aberto e compreensão vistas em sua equipe de trabalho. De 1966 até 1995, Ramos integrou as forças armadas brasileiras. Ele explica como dosa em seu trabalho os ensinamentos que teve na vida militar e os que obteve no mundo do samba, onde está desde a adolescência.
 
– A vida nos ensina muito. Não posso mudar o meu caráter e minha dignidade em virtude de profissão ou cargo que ocupe. Lá eu aprendi a ser homem, cidadão respeitador e organizado. Trago a disciplina, mas também sou sambista e conheço o que deve ser feito dentro de uma escola de samba. Quem comanda não pode querer ser o dono da verdade. A história não mente, as grandes ditaduras do mundo caíram. Temos que trazer para o lado da compreensão, do aprendizado, do ensinamento – opina.
 
Um dos fatos que chamam a atenção na postura profissional de Rômulo Ramos é o trato com os componentes e torcedores da Mocidade. Muito comum a alguns diretores de carnaval, a inacessibilidade não está presente na verde e branca. Qualquer componente que vai ao barracão procurar por Rômulo é atendido. O diretor ressalta que prioriza o tratamento de forma igualitária.
 
– Não posso deixar uma pessoa que quer falar comigo esperando 30 minutos só porque sou o diretor de carnaval da Mocidade. Se estiver desocupado atenderei prontamente. É desta forma que guio o meu trabalho e oriento a todos aqueles que integram a harmonia da escola.  É uma relação pra lá de amistosa que precisamos ter com os componentes, quase familiar. Não admito grosseria de ninguém com os desfilantes da escola e também com as pessoas que visitam os nossos ensaios.
 
Em 2016, Rômulo Ramos completará o seu terceiro carnaval na Mocidade Independente. Em 2010 e 2015 conseguiu a pontuação máxima no quesito harmonia. Já em evolução perdeu apenas três décimos somando os dois desfiles. Começando pelos ensaios de rua na Guilherme da Silveira, passando pelo técnico na Marquês de Sapucaí e terminando no desfile, é visível como o componente da Estrela Guia canta e brinca o carnaval. O dirigente explica as etapas do trabalho.
 
– Em primeiro lugar fazemos um trabalho de conscientização dos componentes. A nota 10 não é do Rômulo de A, B ou C da Harmonia. Ela é de cada desfilante e consequentemente da Mocidade. Nesse mundo não se faz nada sozinho e dependemos da dedicação de cada um. Feito isso, passamos para o ensinamento da letra e da melodia do samba. Ainda em ensaios na quadra passamos e repassamos a letra. Primeiro parados e depois em movimento corporal. Ali é o momento de corrigir alguma falha de dicção e interpretação da melodia. Depois vamos para a rua e colocamos em prática todo o andamento do desfile. Ao final de cada ensaio fazemos as reuniões e pontuamos os erros e acertos.
Fotos: Eduardo Hollanda
Rodrigo Coutinho
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Em virtude do ótimo rendimento da comunidade no último desfile, a diretoria da escola aumentou o número de vagas das alas do setor em 2016. São quase mil vagas a mais em relação a 2015. Até pela localização da nova quadra, na Avenida Brasil, a Mocidade tem buscado cada vez mais se aproximar das comunidades do entorno. A comunidade da Cancela Preta, por exemplo, localizada atrás da quadra, terá 80 vagas no próximo desfile.
 
As inscrições para as alas de comunidade ainda estão abertas. Elas podem ser feitas todas as segundas e quintas, das 15h ás 20h, na quadra da Mocidade. É necessário pagar uma taxa de R$ 35 e levar duas fotos 3×4, além de cópia do comprovante de residência e RG. A partir daí, basta ter frequência nos ensaios.

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