Museu do Samba abre as portas para gravar depoimento do mestre Laíla

Museu do Samba abre as portas para gravar depoimento do mestre Laíla

A ação faz parte da série Memória das Matrizes do Samba no Rio de Janeiro

O Museu do Samba colheu no primeiro semestre, para a série Memória das Matrizes do Samba no Rio de Janeiro, o depoimento do diretor de harmonia e de carnaval Luiz Fernando Ribeiro do Carmo, o Laíla.

Em três horas de conversa, Laíla contou sua história, a infância no Morro do Salgueiro, a atuação na Acadêmicos do Salgueiro nos anos 60 e primeira metade dos 70, as passagens pela Beija-Flor, Unidos da Tijuca, Grande Rio e Vila Isabel. Entre outras afirmações, disse ter sido sua a ideia do Cristo Mendigo, alegoria do enredo “Ratos e Urubus, Larguem a Minha Fantasia” (1989), da Beija-Flor, quando Joãosinho Trinta era o carnavalesco. Ele negou a imagem de um líder duro à frente das escolas, afirmando ser calmo mas ter pulso forte.

Laíla deixou a Beija-Flor depois do último carnaval, após duas décadas, e trabalhará na Unidos da Tijuca em 2019. A gravação do depoimento estará disponível à consulta pública no próprio Museu do Samba.

“Isso aqui é maravilhoso. A energia é realmente de sambista. E esse projeto, acho que o sambista tem que buscar o mais rápido possível dar um apoio total para que vocês possam desenvolver, fazer um desenvolvimento em benefício da nossa classe, porque hoje nós passamos a ser classe, uma grande classe, né? Os sambistas do Rio de Janeiro, do Brasil. As pessoas quem vem de fora, por favor, venham conhecer esse espaço e a simpatia de quem dirige” – disse Laíla.

Com um acervo de mais de cem entrevistas dadas por sambistas, a série Memória das Matrizes do Samba no Rio de Janeiro faz parte do Projeto Memória e Educação na Salvaguarda do Samba, uma ação apresentada pelo Ministério da Cultura, com patrocínio do Pontofrio.

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