Novo primeiro casal da Acadêmicos da Rocinha
Rocinha já tem primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira
Com as saídas do mestre-sala Douglas Valle e da porta-bandeira Dandara Ventapane, a Acadêmicos da Rocinha definiu esta semana que o segundo casal, Yuri Perroni e Thainá Teixeira, passarão a formar o primeiro casal da agremiação no carnaval de 2015, pelo Grupo B, da Associação das Escolas de Samba da Cidade do Estado do Rio de Janeiro (AESCRJ).
Há três carnavais como segundo mestre-sala da azul, verde e branca da Zona Sul, Yuri Perroni tem 21 anos e começou a dançar com sete anos. Ele fez ballet, jazz, afro, street dance entre outras modalidades. Com dez anos desfilou em ala coreografada na Mangueira do Amanhã, onde ficou por três anos, e no Aprendizes do Salgueiro. Com 13 anos foi primeiro mestre-sala do Mel do Futuro, onde desfilou por cinco anos, e na Petizes da Penha, por um ano. Entrou para a escola de mestre-sala e porta-bandeira de Manoel Dionísio aos 12 anos.
– Desfilei como mestre-sala nas escolas de samba Acadêmicos da Abolição, Engenho da Rainha, Acadêmicos do Cubango, Unidos de Santa Teresa e Acadêmicos da Rocinha. Fora do Rio desfilo como mestre-sala em Três Rios, Paraguai, Vitória e Cabo Frio. Hoje sou bailarino e trabalho com dança, além de instrutor do projeto de mestre-sala e porta-bandeira Madureira Toca, Canta e Dança, junto com a Thainá, onde damos aulas todos os sábados.
Feliz pela confiança depositada nele pelo presidente Darlan Santos e o diretor de carnaval Jorge Mariano, Yuri Perroni se diz satisfeito em ter o seu trabalho reconhecido, já que sempre se esforçou para isso.
– É muito gratificante ver meu trabalho reconhecido. Ninguém quer ser segundo mestre-sala para sempre. Todo esforço, dedicação e coerência que tive, sendo o segundo mestre-sala, nesses três anos de Rocinha, prometo me doar e dobrar o empenho à escola . Agradeço a toda comunidade que me abraçou e abraça até hoje. Muito obrigada!
Thainá Teixeira, que também está há três anos na Acadêmicos da Rocinha, se encantou pela dança ainda criança. Ela disse que, com apenas quatro anos, ficou deslumbrada com a arte da dança do mestre-sala e porta-bandeira quando viu pela primeira vez o bailado da primeira porta-bandeira da Acadêmicos do Grande Rio, Verônica Lima. Na época, ressaltou que ficou extremamente enfeitiçada e decidiu não ser mais passista mirim
– Minha mãe no começo achou que fosse coisa de criança, fogo de palha, mas começou a desconfiar que não era quando comecei a caçar todas as porta-bandeiras pelas quadras das escolas. Minha família sempre foi do carnaval. Eu já participava quando estava sendo gerada e meu primeiro desfile aconteceu com um ano de vida, depois comecei a desfilar nas escolas mirins até me encantar pela dança. Não podia ver uma vassoura dando sopa que já a surrupiava e começava a imitar aquelas damas que haviam gravado na memória. Minha mãe se informou e me colocou na escola de mestre-sala, porta-bandeira e porta-estandarte do Manoel Dionísio. Lá pude dar meus primeiros passos e ter aulas com profissionais que são a inspiração para muitos casais. Minha saudosa tia Soninha e eterna professora Rita Freitas, me ensinaram os primeiros passos, onde pude ser lapidada por Lucinha Nobre, Tidinha, tia Poly, mestre Delegado, Jackeline Gomes – hoje minha madrinha – e por Verônica Lima, aquela que me enfeitiçou por essa dança e no qual tive a honra de também ser amadrinhada por ela .
Na escola de Manoel Dionísio, Thainá permaneceu por oito anos e, após esse tempo, se juntou a outra família: a Associação Cultural Madureira, Toca, Canta e Dança, presidida por mestre Galo.
– Entrei nessa família como aluna e pude aperfeiçoar minha dança, sendo que hoje sou instrutora do projeto. Tenho a honra e alegria de poder passar tudo o que aprendi e aprendo para aqueles que ainda estão começando e buscam o crescimento. É uma tarefa árdua mas totalmente revigorante que me faz sentir cada vez mais realizada.
Nascida e criada em Vicente de Carvalho, seu pai foi o fundador da Mocidade de Vicente de Carvalho, escola onde iniciou sua jornada. Lá foi passista mirim, destaque de carro e, aos quatro anos, terceira porta-bandeira, depois segunda, até chegar a ser a primeira.
– Passei pelas escolas mirins Inocentes da Caprichosos e Corações Unidos do Ciep, como primeira porta-bandeira. Em seguida, desfilei pelas agremiações Unidos do Uraiti, Acadêmicos de Vigário Geral, Difícil é o Nome, Unidos da Ponte, Unidos das Vargens, Mocidade Unida da Mineira, todas como primeira porta bandeira. Fui segunda porta-bandeira do Império Serrano e depois da Acadêmicos da Rocinha, escola que hoje virou minha segunda família, vou para o meu quarto ano defendendo o pavilhão da minha Borboleta Encantada. Em 2015 estarei lá como a primeira porta-bandeira junto com Yuri Perroni.
Thainá Teixeira agradece toda comunidade pelo carinho ao longo dos anos, principalmente ao presidente Darlan Santos, pela confiança em seu trabalho, e o diretor de carnaval Jorge Mariano.
– Defenderei meu pavilhão com muito mais orgulho, amor, garra e respeito. Amo essa escola, sua comunidade e estou transbordando de alegria. Obrigada meu parceiro e irmão Yuri Perroni, por todos esses anos de amizade e profissionalismo. Vamos dar o nosso melhor para trazermos os 40 pontos para nossa escola . Agradeço também meu amigo Kleber Felismino, por ter nos ajudado tanto e ter lapidado nossa dança para se encaixar perfeitamente uma com a outra.
Adriana Vieira
Assessora de Imprensa do G.R.E.S. Acadêmicos da Rocinha
Assessora de Imprensa do G.R.E.S. Acadêmicos da Rocinha