Pendant la Semaine de la Conscience Noire, le spectacle Òrò fait sa première au Théâtre Ruth de Souza.
Na Semana da Consciência Negra, espetáculo Òrò estreia no Teatro Ruth de Souza
Monólogo traz a História e as Filosofias do Teatro Africano
Òrò, do iorubá, pode ser traduzido como palavra. Mas a palavra já existe antes de ser dita porque ela é presença. E quando a presença ganha vida no corpo, ela se transforma e revive em tudo e em todos. Na Semana da Consciência Negra, o espetáculo Òrò chega em Santa Teresa, com a proposta de ir além de uma contação de histórias, mas sim como uma experiência conduzida pela atriz e educadora Tatiana Henrique.
Com estreia neste sábado (23), e permanecendo em cartaz até o dia 08 de dezembro, o monólogo surge da tese de doutorado de Tatiana Henrique, articulando História e Filosofias Africanas da Arte e História do Teatro Africano, fundamentado no Teatro Ritual de Máscaras. E o palco para a celebração da dádiva dos saberes ancestrais que vivem ao longo dos tempos é o Teatro Ruth de Souza, no Parque Glória Maria.
Nele, a encenação, a dramaturgia e o pensamento crítico se fundem em uma palestra-performance onde Òrò parte de um ìtàn (lenda ou mito africano) que conta sobre o início de tudo e do nada. Oludumare (a Força da Criação para o pensamento iorubano) sugere que Ogbon (a sabedoria), Oye (o conhecimento) e Imó (a compreensão) venham viver na Terra. Ao fazerem isso, as três forças se juntam em uma força maior nomeada Òrò: a palavra, que antes mesmo de ser enunciada, já é potência de tudo que poderia vir a ser criado.
Como define Tatiana Henrique, que dirige, produz e atua no espetáculo: “Òrò traz o poder da palavra na cultura iorubá e como ela se relaciona com as artes cênicas, fazendo dessa relação, uma ponte do Brasil com o continente africano”. Com o objetivo de repovoar o imaginário, ampliando a dimensão simbólica das filosofias de matrizes africanas, o monólogo tem classificação livre e intérprete de LIBRAS, e se coloca como um convite a todos que desejam uma experiência repleta de ancestralidade e saberes.
O espetáculo conta com o apoio da Prefeitura do Rio e da Secretaria Municipal de Cultura. E é uma realização da Obalufônica, uma criadora de ações artísticas e educativas coordenadas por Tatiana Henrique e Hebert Said, que trazem projetos fundamentados nas linguagens artísticas das culturas africanas, afro-brasileiras, dos povos originários do território brasileiro e indiana, e que também apoia trabalhos de outros coletivos.
Serviço: Espetáculo Òrò
Datas: 23, 24 e 30 de novembro; e 01, 07 e 08 de dezembro
Horários: sábados às 19h, domingo às 17h
Local: Teatro Ruth de Souza
Endereço: Parque Glória Maria (Rua Murtinho Nobre, 169, Santa Teresa)
Ingressos: R$ 20,00 (inteira) – R$ 10,00 (meia entrada)
Ingressos à venda na bilheteria do teatro
Informações: obalufonica@gmail.com ou @obalufonica no Instagram
Classificação livre
Ficha técnica:
Dramaturgia, Direção, Produção, Atuação – Tatiana Henrique
Direção Técnica, Iluminação e Som – Hebert Said e Junio Nascimento
Tradução em LIBRAS – Sheila Martins
Produção Executiva – Bruno Ambrósio
Angélica Zago
Assessoria de imprensa
Crédito das fotos: Matheus Vieira
Legenda – Foto Òrò: Em cena a atriz Tatiana Henrique. Quando Òrò atravessa o universo fazendo o som “hooooooo” e vem pingar na terra.
Legenda – Foto 02: Quando Olodumare diz a Ogbon Oye e Imo para se juntarem para viver na terra
Crédito FOTOS:Divulgação
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During Black Consciousness Week, the play Òrò debuts at Teatro Ruth de Souza
A Monologue on the History and Philosophies of African Theater
Òrò, a word from Yoruba, can be translated as “word.” However, the word exists even before it is spoken because it embodies presence. And when presence comes alive through the body, it transforms and resonates in everything and everyone. As part of Black Consciousness Week, Òrò arrives in Santa Teresa, offering more than storytelling—it’s an experience led by actress and educator Tatiana Henrique.
Premiering this Saturday (23rd) and running until December 8th, the monologue is rooted in Tatiana Henrique’s doctoral research, weaving African Art History, Philosophies, and the History of African Theater, grounded in Mask Ritual Theater. The stage for celebrating the ancestral knowledge passed through generations is the Teatro Ruth de Souza, located in Parque Glória Maria.
In Òrò, performance, dramaturgy, and critical thought converge into a lecture-performance based on an ìtàn (an African legend or myth) about the beginning of everything and nothing. Olodumare (the Force of Creation in Yoruba philosophy) sends Ogbon (wisdom), Oye (knowledge), and Imó (understanding) to Earth. Together, these forces form Òrò: the word, a potent force of everything that could ever be created, even before being spoken.
As defined by Tatiana Henrique, who directs, produces, and performs in the play: “Òrò explores the power of the word in Yoruba culture and its connection to the performing arts, building a bridge between Brazil and the African continent.” With the aim of reshaping imagination and expanding the symbolic dimensions of African philosophies, the monologue invites audiences of all ages to an experience rich in ancestry and knowledge.
Supported by the City of Rio de Janeiro and the Municipal Department of Culture, the play is produced by Obalufônica, an organization led by Tatiana Henrique and Hebert Said. Obalufônica focuses on artistic and educational initiatives rooted in African, Afro-Brazilian, Indigenous, and Indian cultural expressions, while also supporting other collectives’ works.
Details:
Show: Òrò
Dates: November 23, 24, 30; December 1, 7, and 8
Times: Saturdays at 7 PM, Sundays at 5 PM
Location: Teatro Ruth de Souza
Address: Parque Glória Maria (Rua Murtinho Nobre, 169, Santa Teresa)
Tickets: R$ 20.00 (full price) – R$ 10.00 (half price)
Purchase: At the theater box office
Information: obalufonica@gmail.com or @obalufonica on Instagram
Age Rating: All ages
Credits:
Dramaturgy, Direction, Production, Acting: Tatiana Henrique
Technical Direction, Lighting, and Sound: Hebert Said and Junio Nascimento
LIBRAS Translation: Sheila Martins
Executive Production: Bruno Ambrósio
Photos by Matheus Vieira
Photo Captions:
1. Tatiana Henrique as Òrò, crossing the universe with the sound “hooooooo” and landing on Earth.
2. Olodumare instructs Ogbon, Oye, and Imó to unite and live on Earth.
Photo Credit: Publicity Photos
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Lors de la Semaine de la Conscience Noire, la pièce Òrò débute au Théâtre Ruth de Souza
Un Monologue sur l’Histoire et les Philosophies du Théâtre Africain
Òrò, un mot en yoruba, peut être traduit par “mot.” Cependant, le mot existe avant même d’être prononcé car il incarne la présence. Et lorsque cette présence prend vie dans le corps, elle se transforme et se reflète dans tout et en tous. Pour la Semaine de la Conscience Noire, Òrò arrive à Santa Teresa, offrant bien plus qu’un simple conte—c’est une expérience guidée par l’actrice et éducatrice Tatiana Henrique.
Première ce samedi (23 novembre), avec des représentations jusqu’au 8 décembre, le monologue s’inspire de la thèse de doctorat de Tatiana Henrique, mêlant Histoire et Philosophies de l’Art Africain, et Histoire du Théâtre Africain, basées sur le Théâtre Rituel des Masques. La scène qui célèbre ces savoirs ancestraux est le Théâtre Ruth de Souza, situé dans le Parc Glória Maria.
Dans Òrò, la performance, la dramaturgie et la réflexion critique se fondent dans une conférence-performance basée sur un ìtàn (légende ou mythe africain) racontant le début de tout et de rien. Olodumare (la Force de Création dans la pensée yoruba) invite Ogbon (sagesse), Oye (connaissance), et Imó (compréhension) à venir vivre sur Terre. Ensemble, ces forces créent Òrò : le mot, une puissance qui existe avant même d’être énoncée, porteuse de tout ce qui peut être créé.
Comme le décrit Tatiana Henrique, qui dirige, produit et joue dans la pièce : “Òrò explore le pouvoir du mot dans la culture yoruba et son lien avec les arts de la scène, construisant un pont entre le Brésil et le continent africain.” Avec l’objectif de repeupler l’imaginaire et d’élargir la portée symbolique des philosophies africaines, le monologue invite les spectateurs de tous âges à une expérience riche en ancestralité et en savoirs.
Soutenu par la Ville de Rio de Janeiro et le Département Municipal de la Culture, le spectacle est produit par Obalufônica, une organisation dirigée par Tatiana Henrique et Hebert Said, dédiée aux initiatives artistiques et éducatives des cultures africaines, afro-brésiliennes, indigènes et indiennes, tout en soutenant les œuvres d’autres collectifs.
Détails :
Spectacle : Òrò
Dates : 23, 24 et 30 novembre ; 1, 7 et 8 décembre
Horaires : Samedis à 19h, dimanches à 17h
Lieu : Théâtre Ruth de Souza
Adresse : Parc Glória Maria (Rua Murtinho Nobre, 169, Santa Teresa)
Billets : R$ 20,00 (plein tarif) – R$ 10,00 (tarif réduit)
Vente : À la billetterie du théâtre
Informations : obalufonica@gmail.com ou @obalufonica sur Instagram
Âge minimum : Tout public
Crédits :
Dramaturgie, Direction, Production, Interprétation : Tatiana Henrique
Direction Technique, Éclairage et Son : Hebert Said et Junio Nascimento
Traduction en LIBRAS : Sheila Martins
Production Exécutive : Bruno Ambrósio
Photos : Matheus Vieira
Légendes des photos :
1. Tatiana Henrique en Òrò, traversant l’univers avec le son “hooooooo” avant d’arriver sur Terre.
2. Olodumare ordonne à Ogbon, Oye et Imó de s’unir et de vivre sur Terre.
Crédit Photos : Photos de promotion
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