State Government Sends Doctors to Strengthen Yellow Fever Response in Northern Brazil

Governo do Estado envia médicos para reforçar combate à febre amarela no Norte do Brasil

Especialistas do Instituto Estadual de Infectologia São Sebastião (IEISS) foram convocados pela Força Nacional do SUS para apoiar a investigação e resposta às infecções na região

O Governo do Estado do Rio de Janeiro, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ), enviou especialistas para atuar no combate à febre amarela no Norte do Brasil. Atendendo a um chamado da Força Nacional do Sistema Único de Saúde (FN-SUS), médicos do Instituto Estadual de Infectologia São Sebastião (IEISS-RJ) que integram a equipe do Centro de Operações de Emergências para Dengue e Outras Arboviroses (COE) foram mobilizados para atuar nos estados do Pará e Amapá, auxiliando na investigação dos casos e no fortalecimento da estrutura de atendimento local.

A primeira missão ocorreu no dia 5 de março, quando o infectologista Rafael Galliez, do IEISS-RJ, acompanhou a equipe da Força Nacional do SUS em uma visita a Belém e Breves, no Pará. A experiência do profissional no combate ao surto de febre amarela no Rio de Janeiro, entre 2017 e 2019, foi fundamental para orientar as estratégias de enfrentamento. Na segunda etapa da ação, no dia 14 de março, a médica Ana Beatriz Pacheco, também do IEISS-RJ, se juntou à equipe para reforçar as medidas emergenciais no Amapá.

Ações estratégicas para conter a doença

Durante as visitas técnicas, os especialistas avaliaram a estrutura de saúde local e orientaram profissionais sobre o diagnóstico precoce da febre amarela, que pode ser confundida com outras doenças febris, como a dengue. Breves, no Pará, foi um dos focos da investigação. O município é o mais populoso da Ilha do Marajó e fica a 12 horas de barco da capital Belém. Até o dia 24 de março, o estado já havia registrado 38 casos confirmados da doença.

Diante da gravidade da febre amarela, um plano de transferência de pacientes foi estruturado. Casos mais leves (classificação A) permanecem em observação na Ilha do Marajó, enquanto os de maior gravidade (classificações B e C) são transportados por via aérea para Belém. No Amapá, a equipe também avaliou a capacidade de atendimento da rede de saúde para possíveis casos sintomáticos. O deslocamento de Breves até Macapá, capital do Amapá, é mais rápido do que até Belém, o que pode otimizar a assistência.

“Nosso maior desafio são as distâncias e as condições geográficas da região. A população está dispersa e os rios são as principais vias de transporte. Além disso, o período de chuvas dificulta os deslocamentos aéreos. Por isso, trabalhamos junto a diversas autoridades locais para garantir agilidade no atendimento aos pacientes mais graves”, explicou a médica Ana Beatriz Pacheco.

Prevenção e monitoramento no Rio de Janeiro

Até o momento, o Estado do Rio de Janeiro não registra casos de febre amarela. A Vigilância Epidemiológica estadual segue monitorando a situação nos estados vizinhos e reforçando as ações de prevenção. Em 2025, o Governo do Rio de Janeiro, por meio da SES-RJ, promoveu uma ampla campanha de vacinação para proteger populações que vivem em áreas de risco e evitar a propagação do vírus.

A vacina é a principal forma de prevenção contra a febre amarela e está disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS). No Brasil, o esquema vacinal prevê duas doses na infância (aos 9 meses e 4 anos) e, para adultos de até 60 anos, dose única, conforme recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Núcleo de Imprensa do Governo do Estado do Rio de Janeiro

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State Government Sends Doctors to Strengthen Yellow Fever Response in Northern Brazil
Specialists from the São Sebastião State Institute of Infectious Diseases (IEISS) were summoned by the National Health Force (FN-SUS) to support the investigation and response to infections in the region.
The Government of the State of Rio de Janeiro, through the State Department of Health (SES-RJ), has deployed specialists to combat yellow fever in northern Brazil. Responding to a call from the National Health Force of the Unified Health System (FN-SUS), doctors from the São Sebastião State Institute of Infectious Diseases (IEISS-RJ), who are part of the Emergency Operations Center for Dengue and Other Arboviruses (COE), were mobilized to work in the states of Pará and Amapá. Their mission is to assist in case investigations and strengthen the local healthcare infrastructure.
The first mission took place on March 5, when infectious disease specialist Rafael Galliez from IEISS-RJ joined the FN-SUS team on a visit to Belém and Breves, in Pará. His experience in combating the yellow fever outbreak in Rio de Janeiro between 2017 and 2019 was crucial in guiding response strategies.
In the second phase of the operation, on March 14, Dr. Ana Beatriz Pacheco, also from IEISS-RJ, joined the team to reinforce emergency measures in Amapá.
Strategic Actions to Contain the Disease
During technical visits, the specialists assessed the local healthcare infrastructure and trained professionals on the early diagnosis of yellow fever, which can be mistaken for other febrile illnesses, such as dengue. Breves, in Pará, was a key focus of the investigation. The municipality is the most populous on Marajó Island and is located 12 hours by boat from the state capital, Belém. By March 24, Pará had already confirmed 38 cases of the disease.
Given the severity of yellow fever, a patient transfer plan was developed. Mild cases (Category A) remain under observation on Marajó Island, while more severe cases (Categories B and C) are airlifted to Belém.
In Amapá, the team also evaluated the capacity of the healthcare network to handle potential symptomatic cases. The journey from Breves to Macapá, the capital of Amapá, is shorter than the trip to Belém, which could improve patient care efficiency.