União de Jacarepaguá sinopse do enredo 2014

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União de Jacarepaguá levará para avenida a história do povo NAGÔ

O GRES União de Jacarepaguá está trabalhando com muita garra para a realização do carnaval 2014. A agremiação que ficou na 15a posição no carnaval de 2013, e conquistou a permanência na série A, aposta em um enredo forte contando a história do povo NAGÔ.
“OS YORUBAS A HISTÓRIA DO POVO NAGÔ” de autoria do carnavalesco Jorge Caribé,  mostra que a cultura do povo africano está presente em vários setores da vida dos brasileiros. Na religião, nas artes, alimentos,  onde o sangue do povo nagô é caracterizado em nossa identidade desbravadora, na mistura das raças, crenças e costumes, transformando-as em uma única corrente, tudo pela busca da paz e de um mundo melhor.
A União de Jacarepaguá será a segunda escola a desfilar na sexta-feira de carnaval.

Lia Amorelli –
Assessoria de Imprensa
GRES União de Jacarepaguá

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“OS YORUBAS A HISTÓRIA DO POVO NAGÔ”

CARNAVALESCO: JORGE CARIBÉ

Terra dos Yorubas, de forças ancestrais, ventre do mundo. Oh! Mãe poderosa que amamenta com seios fartos, como os oceanos banhando o recorte dos continentes, dividindo e multiplicando sua vida no namoro com a terra mística de cada civilização; procriando e espalhando seu DNA yoruba.

Cabaça da criação, útero materno; surge então OMOLARA, filho do criador. Através de suas mãos lhe apresenta o mundo. Passo a passo lhe ensinando a respirar, caminhar, agir, pensar e vencer “O HOMEM”. A mais sublime das criações, filho direto de OLORUN.

Divindade da arca do surgimento do planeta, ODUDUA delega poderes aos seus direitos mensageiros: os ORIXÁS. A cada um a incumbência da proteção dos homens, animais e tudo à sua volta.

Força suprema, filho do AWO, andam juntos na mesma via: a vida e a morte. Assim aprendemos desde cedo a não temer, pois, os iniciados no segredo não morrem, continuam um novo capítulo da história. Saímos do AYE e vamos para ORUN dois planos distantes e juntos ao mesmo tempo.

ÁFRICA: Tão ricas as cores de suas vestimentas, o dançar no rufar dos tambores, no cheiro dos  seus alimentos, na força e na fé de seus rituais, na proteção e devoção dos seus ancestrais, no perfil familiar do sangue e da cor dos NAGÔS.

Na cura e na crença de suas ervas medicinais, nos costumes religiosos que atravessam o mar para o novo mundo, que se instalam e derrubam barreiras, sejam, da morte, correntes, senzalas e doenças, mas vencem a cada gota de suor e constroem sua, ou melhor, nossa história.

Galgando a cada dia, nos séculos de história negra, a vinda e a chegada no Brasil…com perseverança, guiados por OLODUMARÉ fincam sua bandeira e plantam o AXÉ; força sagrada do culto aos ORIXÁS  na Bahia.

CANDOMBLÉ: Religião única do Brasil adaptada aos moldes de nossa terra com semelhança aos YORUBAS. Cultuamos e respiramos a força da velha mãe África a arte negra dos dias atuais, muitas casas nasceram, expandiram, expandiram seus conhecimentos fundiram e separaram plantando, crescendo, germinando e dando novos frutos.

Do novo ao velho mundo início sem fim. Ventre novo que pari, acolhe, abriga, alimenta, pune e perdoa sem saber a quem; negros, brancos, índios ricos ou pobres, homens ou mulheres héteros ou homo, sem distinção, sem discriminação, sem preconceito. Assim é o mundo dos deuses negros: a religião africana, o candomblé do Brasil.

Grande casa, cabaça da vida, colo quente de mãe ancestral sem intolerância religiosa defende a bandeira branca da paz. Todos unidos em uma só corrente, um em todos ou misturados todos do mundo numa só voz: nós somos brasileiros, de que estado for, somos nagôs  no sangue e na mente, na atitude desbravadora, somos sambistas, somos misturados na cor mais que um povo, uma nação. Somos uma única raça, somos filhos de OLORUM em uma só voz. Quero criar nossos filhos em um mundo cada vez melhor.

ASÉ AWO OLODUMARÍ

AUTORIA: Jorge Caribé

 

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