Wallace Guedes, rei momo do carnaval de Belo Horizonte realiza sonho de desfilar no Rio de Janeiro
Wallace Guedes, rei momo do carnaval de Belo Horizonte realiza sonho de desfilar no Rio de Janeiro
O muso estreante na Lins Imperial, importado lá do carnaval mineiro, afinal, ele é somente o atual Rei Momo da folia de Belo Horizonte, chegou com muito samba no pé em sua fantasia luxuosa que sintetiza o amor eternizado do brasileiro pelo querido artista Mussum. Este, que foi o enredo da agremiação que integra a Série Ouro e abriu a segunda noite de desfiles do carnaval da Cidade do Rio de Janeiro.
Ansioso por sua estreia no templo do samba carioca, Guedes chegou à concentração por volta das 19h. O muso chegou vestido com parte da fantasia, restando apenas montar o costeiro – que por sinal, estava pomposo e imenso em tons terrosos e detalhes em brilho prateado. Guedes revela como foi estar na Sapucaí.
“Estou muito feliz e realizado. Honrado em ser Mineiro (Belo-horizontino) e ter conseguido mostrar que também temos muito samba no pé”, desabafa Wallace.
O toque final ficou por conta da cabeça que respeitosamente trazia penas artificiais na cor base da escola, o rosa. Brilho era palavra de ordem em sua roupa, toda construída em pedrarias pelas mãos do estilista mineiro Felipe D’Paula, o Perfect. O traje fez um sucesso estrondoso com o público durante toda sua passagem no desfile, recebendo muitos elogios inclusive de outros desfilantes.
Estratégia para entrar na avenida com tranquilidade
Para acalmar o coração, o muso fez algumas ligações para amigos e inclusive para o estilista que produziu a sua roupa. Assim que foi dada a largada para o desfile na concentração, ele pediu uma bênção por chamada de vídeo e fez orações ajoelhado estando a poucos metros da entrada na pista.
E ele sambou, sorriu e deu saltos para abrilhantar a sua bela passagem pela Marquês e defender a escola que por 11 anos esteve longe dos desfiles no sambódromo. Foi uma noite de estreia para o muso e para a agremiação ao retornar à série Ouro.
O desfile da Lins Imperial foi leve e cumpriu com competência o que se esperava. Cruzou a avenida em 55 minutos, o tempo máximo para concluir a apresentação e teve canto, teve um chão animado e fantasias bonitas, coloridamente harmônicas e brilhantes, reluzindo bastante e resultando num efeito impactante a quem assistia.
A escola contou a história de vida de Antônio Carlos Bernardes Gomes, ou Carlinhos em alguns lugares ou Mussum, o grande Trapalhão, Brasil afora. Versátil, o artista, produziu no mundo do carnaval, do samba em si, tendo participado da Escola de Samba Mangueira bem como do grupo Originais do Samba.
Angelical Zago
Fotos: Diego Mendes