CARNAVAL 2017 JÁ TEM SUA CORTE REAL

O Rei Momo é uma das figuras mais tradicionais do Carnaval. Na Mitologia Grega, Momo era o Deus da galhofa e do delírio, da irreverência e do achincalhe e, por isso, acabou expulso do Olimpo. Na Roma antiga, o mais belo dos soldados era coroado Rei Momo e tratado como um verdadeiro senhor, comendo, bebendo e se divertindo à exaustão. Quando a festa chegava ao fim, o alegre monarca era levado ao altar de Saturno e sacrificado. No Brasil, em 1862, um caricaturista o retratou levantando a máscara, sorrindo e segurando, na outra mão, o cetro da soberania: um pesado bastão.

A figura do Rei Momo surgiu no Carnaval carioca em 1933. O jornal “A Noite”  deu-lhe a  forma  plástica na figura de um rei.  O saudoso Jota Efegê, famoso jornalista especialista em carnaval, contou que o monarca em papelão foi conduzido por um cronista carnavalesco. Depois de um desfile animado  pela Avenida Rio Branco, no centro da cidade, o boneco sentou no trono, de onde passou a presidir o Carnaval carioca. Mas o jornal não se contentou: queria um rei de carne e osso. O redator de turfe Moraes Cardoso, um homem muito gordo, foi eleito e vestido como um monarca.  Saudado com o tradicional Vive le roi! por colegas da redação, saiu às ruas e foi festejado com serpentinas, confetes e jatos de lança-perfume.  Moraes Cardoso reinou até 1948, quando morreu.

Até 1967 a eleição do Rei Momo se dava por indicação de entidades carnavalescas e jornalistas. Naquele ano, o concurso foi oficializado por Lei Estadual e em 88 por Lei Municipal.  Ao lado do Rei Momo, que comanda a abertura do Carnaval carioca, está a Rainha do Carnaval e suas princesas. Instituído em 1950, o concurso para a eleição das beldades e do Rei Momo vem se transformando em verdadeiros espetáculos populares. A primeira Rainha do Carnaval foi a vedete Elvira Pagã.

Organizados pela RIOTUR, os dois concursos mobilizam a opinião pública. Os soberanos do carnaval são escolhidos por jurados que avaliam desembaraço, sociabilidade, facilidade de expressão, simpatia e espírito carnavalesco dos candidatos e candidatas.

Relação dos Reis Momos ao longo dos anos

1933 – Um boneco artístico de papelão esculpido (reinou até 1948)

1949 – O jornalista Gustavo Mattos

1950 – O jornalista Jaime de Moraes

1951 – Nelson Nobre (reinou até 1958)

1958 – O comerciante Ary Bahia. Foi desposto e substituído por Abrahão Haddad

1959 – Abrahão Haddad (reinou até 1971)

1972 – O radialista Edson Seraphin de Santana

1973 – O policial e sambista Elson Gomes da Silva (Macula)

1974 – Edson Santana (reinou até 1982)

1983 – O ator Paolo Vicente Paccelli

1984 – O comerciante Roberto Barbosa de Castro (Robertão)

1985 – Edson Santana (reinou até 1986)

1987 – Reynaldo de Carvalho – Bola (reinou até 1995)

1996 – Paulo César Braga Champoudry

1997 – Alex de Oliveira Silva

1998 – Alex de Oliveira Silva

1999 – Alex de Oliveira Silva

2000 – Alex de Oliveira Silva

2001 – Alex de Oliveira Silva

2002 – Alex de Oliveira Silva

2003 – Alex de Oliveira Silva

2004 – Wagner Jorge Wanderso Santos

2005 – Marcelo Reis

2006 – Alex de Oliveira Silva

2007 – Alex de Oliveira Silva

2008 – Alex de Oliveira Silva

2009 – Milton Junior

2010 – Milton Junior

2011 – Milton Junior

2012 – Milton Junior

2013 – Milton Junior

2014 – Wilson Dias da Costa Neto

2015 – Wilson Dias da Costa Neto

2016 – Wilson Dias da Costa Neto

Relação das Rainhas do Carnaval ao longo dos anos

1950 – Elvira Pagã

1951 – Leonor Amar

1952 – Ivana Rodrigues

1953 – Silvia Fernanda

1954 – Rosângela Maldonado

1955 – Ivana Rodrigues

1956 – Nair Gonçalves

1957 – Wilza Carla

1958 – Wilza Carla

1959 – Wilza Carla

1960 – Aracy Costa (Clube de Regatas do Flamengo)

1961 – Lourdes Miguez (Vitória Tênis Clube)

1962 – Walda Vieira Dias (Magnatas Futebol de Salão)

1963 – Vera Lucia Rodrigues (Magnatas Futebol de Salão)

1964 – Maria Fernanda (Braz de Pina Clube)

1965 – Meria de Lourdes Veiga ( Magnatas Futebol de Salão)

1966 – Vera Lucia Palma (Magnatas Futebol de Salão)

1967 – Eeka Simone (GRES Acadêmicos do Salgueiro)

1968 – Marlene Poppy (Clube Cinema)

1969 – Helena Cardoso (Banda de Ipanema)

1970 – Maria Vilani Alencar (GRES Acadêmicos do Salgueiro)

1971 – Marevel Rodrigues (Olímpico Clube)

1972 – Sueli Lima (Magnatas Futebol de Salão)

1973 – Rosane Santiago (Orfeão Portugal)

1974 – Eliane Cunha S. Rabelo (Magnatas Futebol de Salão)

1975 – Eliane Martins (Olímpico Clube)

1976 – Carmem Lúcia B. Valim (Magnatas Futebol de Salão)

1977 – Marlene Morbeck (Helênico)

1978 – Márcia Helena Delarue (Nevada)

1979 – Nadia Alice de Mattos (Helênico)

1980 – Miriam Nascimento (GRES Unidos de Vila Isabel)

1981 – Marli Mendes (GRES Acadêmicos do Salgueiro)

1982 – Marli Rocha (Várzea Country Clube)

1983 – Cátia Pedrosa (Várzea Country Clube)

1984 – Cristina Correa (Frevo Mixto Toureiro)

1985 – Elaine Lessa (Cordão do Bola Preta)

1986 – Mônica (Cordão do Bola Preta)

1987 – Rose Mary Martins (Cordão do Bola Preta)

1988 – Cida Maia (Santa Cruz Social Clube)

1989 – Lilian Figueiredo ( GRES União da Ilha do Governador)

1990 – Marcia Barbosa

1991 – Andréa Caetano

1992 – Janaína Parente

1993 – Joyce dos Santos

1994 – Ana Paula

1995 – Carla Pedrete

1996 – Patrícia Santana

1997 – Tatiane Garcez

1998 – Ana Paula dos Santos Roque

1999 – Patrícia Maranhão

2000 – Kissia Leal Gallo

2001 – Kissia Leal Gallo

2002 – Patrícia Chélida

2003 – Amanda Barbosa

2004 – Priscila Hirle Mendes

2005 – Ana Paula Evangelista

2006 – Ana Paula Evangelista

2007 – Jaqueline Faria Louriçal

2008 – Ketula Rocha Mello

2009 – Jéssica Maia

2010 – Shayene Cesário

2011 – Bianca Salgueiro

2012 – Cristiane de Souza Alves

2013 – Evelyn Bastos da Silva

2014 – Letícia Martins Guimarães

2015 – Clara Paixão

2016 – Clara Paixão